By Claudio Erlichman. The recitals run from November 21st through 29th, at Theatro Municipal de São Paulo.
María de Buenos Aires is a tango opera (tango operita) with music by Ástor Piazzolla and libretto by Horacio Ferrer that premiered at the Sala Planeta in Buenos Aires on 8 May 1968.
The first part of the surreal plot centers on the experiences of a prostitute in Buenos Aires, Argentina; the second part takes place after her death. The characters include María (and, after her death, the Shadow of María), a singer of payadas; various members of the Buenos Aires underworld; a payador who functions as a poet and narrator; a goblin-like duende; several marionettes under the control of the duende; a circus of psychoanalysts; pasta makers; and construction workers. Many elements of the libretto suggest parallels between María and Mary, the mother of Jesus (in Spanish, María) or Jesus himself.
The music draws on the nuevo tango idiom for which Piazzolla is famous. The piece is written for at least three vocalists (one of whom, the narrator, mainly speaks rather than sings). For the orchestration Piazzolla augmented his current working quintet. María de Buenos Aires has often been performed with dancers as well as musicians. There are several extant arrangements, including Piazzolla's own and one by Pablo Ziegler.
After the successful season held in 2021, María de Buenos Aires returns to Theatro Municipal, presenting live cinema, mixing images and uniting different artistic languages with the atmosphere of Porto and Brazil. The show will have eight performances between November 21st and 29th.
Após bem-sucedida temporada realizada em 2021, María de Buenos Aires retorna para o Municipal colocando em cena o cinema ao vivo, mesclando imagens e unindo diferentes linguagens artísticas à atmosfera portenha e brasileira. O espetáculo terá oito récitas entre os dias 21 e 29 de novembro.
Uma ópera-tango, ou operita, como definiu seu compositor, Astor Piazzolla, María de Buenos Aires estará em cartaz nos dias 21, 22, 23, 24, 26, 27, 28 e 29 de novembro, na Sala de Espetáculos do Theatro Municipal de São Paulo. Remontagem da produção de 2021, a obra, que tem libreto de Horacio Ferrer, terá concepção e direção geral de Kiko Goifman e direção cênica de Ronaldo Zero, direção musical do maestro Roberto Minczuk, participação da Orquestra Sinfônica Municipal, e do Coro Lírico Municipal, sob regência de Érica Hindrikson.
O elenco conta com as cantoras Catalina Cuervo (26, 27, 28, 29) e Luciana Bueno (21, 22, 23, 24) como María, Márcio Gomes interpreta o Cantor, e Rodrigo Lopez será Narrador/Duende. Os ingressos variam de R$31 a R$200, a classificação é de 16 anos e duração de 85 minutos, sem intervalo.
Em uma complexa e onírica mistura entre música e poesia, a obra narra a trajetória de vida de María, uma prostituta do subúrbio de Buenos Aires. Na segunda parte, é narrado seu pós-morte. Os personagens principais incluem um poeta narrador que também assume o papel de um duende, além de várias marionetes sob seu comando, e um grupo de psicanalistas que formam um circo. O libreto contém diversos elementos que evocam paralelos entre María e Maria de Nazaré, ou até mesmo com Jesus Cristo.
A obra estreou em 1968, na capital argentina, e se destaca pelo tom surreal, satírico, com o uso de elementos místicos e religiosos. Piazzolla cria uma obra que mescla múltiplos estilos musicais, do tango ao jazz, para nos levar por essa jornada pela noite portenha. “María de Buenos Aires é uma obra única, que se destaca muito de outras óperas do próprio Piazzolla, porque possui a força no tango nuevo, um toque rítmico com harmonias e melodias muito especiais”, pontua o maestro Roberto Minczuk.
Nesta remontagem da bem-sucedida encenação realizada em 2021, os diretores trazem para a cena o cinema ao vivo, mesclando imagens e unindo diferentes linguagens artísticas à atmosfera portenha e brasileira. A produção também conta com a presença de prostitutas que farão pequenas performances durante a apresentação, inspiradas na visualidade do próprio trabalho. “Essa é, antes de tudo, uma ópera sobre uma mulher muito forte, uma prostituta inventada por Piazzolla para a ópera María de Buenos Aires. Em função disso, trouxemos prostitutas reais para o palco tanto na primeira montagem quanto nesta”, explica Kiko Goifman.
A produção incorpora muitos elementos do cinema, a partir da manipulação de imagens históricas de Buenos Aires, além de imagens atuais e simbólicas. As câmeras no palco permitem a mudança de escala da ópera, aproximando pequenos objetos, como um bonequinho ou uma carta, e projetando-os em uma tela grande. Isso transforma a escala da apresentação, utilizando tanto imagens ao vivo quanto pré-gravadas.
Outro aspecto é a presença dos bailarinos de tango. Segundo o diretor cênico, Ronaldo Zero, diferente da versão de 2021, durante a pandemia de covid-19, essa nova montagem coloca a dança e suas origens na cultura negra em protagonismo. “A proposta cênica também se vale de signos e simbolismos que ressalta a dualidade e as raízes híbridas do tango, unindo a tradição argentina à influência africana que moldou o gênero. Sem perder a conexão com o público contemporâneo, a encenação traduz esses elementos de forma acessível, explorando a fisicalidade dos intérpretes e o dinamismo entre cena e música”, explica Ronaldo Zero.
María de Buenos Aires é uma ópera que se desenrola em um cenário onírico e marginal, onde tangos e todos coexistem em uma mistura de ironia e lirismo. A composição é marcada por influências como missas e músicas sacras, além de uma forte presença do jazz e das artes globais dos anos 60, capturando o momento de transição no estilo de Piazzolla. Essa obra rompe com classificações tradicionais, em uma experiência estética imersiva em que música e poesia se entrelaçam para formar uma narrativa que flutua entre o real e o fantástico, refletindo as complexidades e dilemas da sociedade.
SERVIÇO:
MARÍA DE BUENOS AIRES
Ópera de Astor Piazzolla com libreto de Horacio Ferrer.
ORQUESTRA SINFÔNICA MUNICIPAL
CORO LÍRICO MUNICIPAL
Roberto Minczuk, direção musical
Érica Hindrikson, regência do Coro Lírico Municipal
Kiko Goifman, concepção e direção geral
Ronaldo Zero, direção cênica
Caetano Brenga, direção de vídeo
Adriana Vaz, figurinos
Lígia Chaim, iluminação
André Omote, design de som
Simone Batata, visagismo
Luisa Almeida, ilustradora cenográfica
Luciana Bueno, Maria (21, 22, 23, 24)
Catalina Cuervo, Maria (26, 27, 28, 29)
Márcio Gomes, cantor
Rodrigo Lopez, duende / narrador
Milagros Caliva, bandoneón
Betânia Santos, Elaine Bortolanza, Isabella Miranda e Lua Negra, atrizes performers
Adriano Bitu, Carol Rigoletto, Wallace Kyoskys e Zanza Santos, circenses
Simo Raucci e Carol di Monaco, casal de tango
Duração aproximada 85 minutos
Classificação indicativa Não recomendado para menores de 16 anos – Pode conter histórias com consumo de drogas explícito, agressão física acentuada e insinuação de sexo acentuada.
Ingresso: https://theatromunicipalsp.byinti.com/#/event/opera-maria-de-buenos-aires
de R$31 a R$200 (inteira)
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