By Claudio Erlichman. The production runs from November 18th throught January 14th, at Teatro Raul Cortez.
After opening in August in Rio de Janeiro, the musical Viva o Povo Brasileiro (De Naê a Dafé) , produced by Sarau Cultura Brasileira, arrives in São Paulo City, for a season at Sesc 14 Bis, between November 18th and January 14th, 2024. Performances take place at Teatro Raul Cortez, from Thursday to Saturday, at 7:30 pm, and on Sundays, at 6 pm.
The show is a musical version of the novel Viva o Povo Brasileiro (Hail the Brazilian People, self-translated as An Invincible Memory), one of the masterpieces of the late Bahian author João Ubaldo Ribeiro (1941-2014), winner of the Camões Literature and Jabuti awards.
The book by João Ubaldo Ribeiro covers 400 years of Brazilian history. The plot, set in Itaparica, tells of a soul that wants to be Brazilian! The soul is incarnated in indigenous people, until the first character, Caboclo Capiroba, in 1640. Capiroba is hanged by the Portuguese colonizers, and has a daughter called Vu, and the women in the story are descended from her. The soul later reincarnates in an Alferes (Ensign), in 1809. The Ensign dreamed of being a Brazilian hero and died suddenly protecting Itaparica from the Portuguese invasion. He dies early and, in fact, becomes a hero. The soul longing to be Brazilian is embodied in the character Maria Dafé, who is the daughter of Naê and great-great-granddaughter of Vu. At the age of 12, Dafé witnessed the murder of his mother, by men who wanted to rape them both. This is the trigger for Dafé to become the heroine of the story.
The theatrical version, directed by André Paes Leme, features 30 original songs composed by Chico César, based on lyrics inspired by or using part of the text of Ubaldo's work. The musical direction and original score are by João Milet Meirelles (from the band BaianaSystem). The cast includes Alexandre Dantas, Guilherme Borges, Hugo Germano, Izak Dahora, Jackson Costa, Ju Colombo, Júlia Tizumba, Luciane Dom, Lucas dos Prazeres, Maurício Tizumba and Sara Hana.
Com direção de André Paes Leme, músicas originais de Chico César, e direção musical de João Milet Meirelles, o espetáculo fala sobre uma alma que queria ser brasileira
Depois de estrear em agosto no Rio de Janeiro, o musical Viva o Povo Brasileiro (De Naê a Dafé), produzido pela Sarau Cultura Brasileira, apresentado pelo Nubank e realizado pelo Sesc São Paulo, desembarca na capital paulista para uma temporada no Sesc 14 Bis, entre os dias 18 de novembro e 14 de janeiro de 2024. As apresentações acontecem no Teatro Raul Cortez, de quinta a sábado, às 19h30, e aos domingos, às 18h.
O espetáculo é uma versão musical para o romance Viva o Povo Brasileiro, uma das obras-primas do saudoso autor baiano João Ubaldo Ribeiro (1941-2014), vencedor dos prêmios Camões de Literatura e Jabuti. Esse livro poderoso ainda inspirou o samba-enredo da Império da Tijuca no Carnaval de 1987.
A versão teatral, dirigida por André Paes Leme, conta com 30 músicas originais compostas por Chico César, a partir de letras inspiradas ou que utilizam parte textual da obra de Ubaldo. Já a direção musical e a trilha original são de João Milet Meirelles (da banda BaianaSystem). No elenco, estão Alexandre Dantas, Guilherme Borges, Hugo Germano, Izak Dahora, Jackson Costa, Ju Colombo, Júlia Tizumba, Luciane Dom, Lucas dos Prazeres, Maurício Tizumba e Sara Hana.
A pesquisa para a montagem de Viva o Povo Brasileiro (De Naê a Dafé) nasce da investigação de doutorado feita na Universidade de Lisboa pelo diretor André Paes Leme, que já adaptou outros clássicos da literatura para o teatro: A Hora da Estrela ou O Canto de Macabéa, A hora e vez de Augusto Matraga e Engraçadinha.
O desejo de falar do que seria esse povo brasileiro a partir da ótica crítica e do humor de João Ubaldo Ribeiro provocou o nascimento do projeto. "Não há possibilidade de entender o povo brasileiro sem compreender que todos nós somos o povo brasileiro, desde os povos originários até os imigrantes que chegaram muito tempo depois. Criamos esse espetáculo, que praticamente pega um terço do livro, mas traz a essência da obra ligada à ideia de ancestralidade, de espiritualidade, da luta contra a escravidão, por uma igualdade e justiça social. O texto é especialmente conectado à força feminina, que é algo muito forte a partir da personagem da Maria Dafé, que é a grande heroína", diz André.
O livro de Ubaldo tem cerca de 700 páginas e percorre 400 anos da história do Brasil. A trama, ambientada em Itaparica, fala de uma alma que quer ser brasileira. Primeiramente, ela encarna em indígenas, até o primeiro personagem, o Caboclo Capiroba, em 1640, que é enforcado pelos portugueses colonizadores, mas tem uma filha que se chama Vu, e dela descendem as mulheres da história.
A alma depois reencarna em um Alferes, em 1809. Esse Alferes sonhava em ser um herói brasileiro e tem morte súbita protegendo Itaparica da invasão portuguesa. Morre cedo, mas consegue ser considerado herói. A alma fica mais desejosa de ser brasileira e vai encarnar na personagem Maria Dafé, que é filha da Vevé (Naê), tataraneta de Vu. Ela foi estuprada pelo Barão, que, quando sabe da gravidez, manda o negro Leléo tirar Vevé de Itaparica. Leléo é um negro liberto, que já tem muito dinheiro e que cuida de Dafé como sua verdadeira neta, dando ensino e escola. Aos 12 anos, Dafé assiste ao assassinato da mãe a facadas, por homens que queriam violentar as duas. Essa tragédia é o gatilho para Dafé virar a heroína da história.
Para cadenciar toda essa trama, Chico César compôs 30 canções, que ganharam arranjos de João Milet Meirelles e a colaboração do elenco. No palco, três músicos e dez atores que interpretam, cantam e tocam. Além do elenco fixo, o espetáculo tem um coro composto por atores iniciantes/ estudantes, locais, que ajudarão a dar vida à essa epopeia.
"Esse é meu terceiro trabalho com a Sarau. Nós fizemos Suassuna – O Auto do Reino do Sol e A Hora da Estrela ou O Canto de Macabéa. Para compor as músicas, eu parti da palavra do escritor e busquei a sonoridade da escrita. Trouxe muito da minha formação intuitiva da música negra, brasileira, baiana, porque o livro se passa em Itaparica e Salvador. Fiquei feliz quando soube que era o João Meirelles quem seria o diretor musical, porque o BaianaSystem é o grupo com maior expressão dessa contemporaneidade da música negra brasileira", conta Chico César.
Em seu segundo trabalho com o teatro musical, João Milet Meirelles trouxe para Viva o Povo Brasileiro (de Naê a Dafé) uma construção coletiva com referências da música baiana contemporânea e da tradicionalidade. "Existe também um apontamento para o futuro. Tem muita percussão, cordas, sanfona, piano. São três músicos e um elenco também muito competente musicalmente. Tem essa diversidade como uma linha que vai conduzindo tudo. É uma construção coletiva com o processo de experimentação", define João.
Sinopse
O livro de João Ubaldo Ribeiro percorre 400 anos da história do Brasil. A trama, ambientada em Itaparica, fala de uma alma que quer ser brasileira! A alma encarna em indígenas, até o primeiro personagem, o Caboclo Capiroba, em 1640. Capiroba é enforcado pelos portugueses colonizadores, e tem uma filha que se chama Vu, e dela descendem as mulheres da história. A alma depois reencarna em um Alferes, em 1809. O Alferes sonhava em ser um herói brasileiro e tem morte súbita protegendo Itaparica da invasão portuguesa. Morre cedo e de fato, vira herói. A alma desejosa de ser brasileira, encarna na personagem Maria Dafé, que é filha de Naê e tataraneta de Vu. Aos 12 anos, Dafé assiste ao assassinato da mãe, por homens que queriam violentar as duas. Isso é o gatilho para Dafé virar a heroína da história.
Ficha Técnica
Da obra de João Ubaldo Ribeiro
Diretor e dramaturgo: André Paes Leme
Elenco: Alexandre Dantas, Guilherme Borges, Hugo Germano, Izak Dahora, Jackson Costa, Ju Colombo, Júlia Tizumba, Luciane Dom, Lucas dos Prazeres, Sara Hana e Maurício Tizumba. Stand-in: Lucas dos Prazeres.
Músicas originais: Chico César
Direção musical e trilha original: João Milet Meirelles
Direção de produção e produção artística: Andréa Alves
Diretora de projetos: Leila Maria Moreno
Coordenador de Produção: Rafael Lydio
Diretor Assistente: Anderson Aragón
Consultoria: Ynaê Lopes
Desenho de som: Gabriel D'Angelo
Iluminação: Renato Machado
Cenografia: Natália Lana
Figurino: Marah Silva
Preparação corporal e direção de movimento: Valéria Monã
Visagismo: Cora Marinho
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Serviço
Viva o Povo Brasileiro (De Naê a Dafé)
Temporada: 18 de novembro a 17 de dezembro de 2023 e de 4 a 14 de janeiro de 2024*, de quinta a sábado, às 19h30, e aos domingos, às 18h
*Sessão extra acontece no dia 20 de novembro, às 18h.
Não haverá espetáculo no período de 18 de dezembro a 3 de janeiro.
Sesc 14 Bis – Teatro Raul Cortez – Rua Dr. Plínio Barreto, 285, Bela Vista
Ingressos: R$ 60 (inteira), R$30 (meia-entrada) e R$18 (credencial plena)
Venda online no aplicativo Credencial Plena e no site sescsp.org.br a partir do dia 07/11/2023 e presencial nas unidades do Sesc a partir do dia 08/11/2023.
Classificação: 14 anos
Duração: 180 minutos (com intervalo)
Capacidade: 513 lugares
Acessibilidade: Teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.
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