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Musical DOMINGUINHOS: ISSO AQUI TA BOM DEMAIS Honors the Late Master of Accordion

By Claudio Erlichman. The production runs from October 06th through November 27th at Teatro FAAP.

By: Oct. 04, 2022
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Musical DOMINGUINHOS: ISSO AQUI TA BOM DEMAIS Honors the Late Master of Accordion  ImageWith libretto by Silvia Gomez, direction by Gabriel Fontes Paiva and musical direction by Myriam Taubkin, the show opens with great names of Brazilian music in a contemporary tribute to master Dominguinhos at Teatro Faap on October 6th.

José Domingos de Morais (1941 - 2013), better known as Dominguinhos, was a Brazilian composer, accordionist and singer. His principal musical influences were the music of Luiz Gonzaga, Forró and in general the music of the Sertão in the Brazilian Northeast. He further developed this typical Brazilian musical style, born out of the European, African and Indian influences in north-eastern Brazil, creating a unique style of Brazilian Popular Music.

He has performed with musicians such as Luiz Gonzaga, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa (with whom he toured in Midem), Zé Ramalho, Toquinho, Elba Ramalho, Yamandu Costa, and Maria Bethânia. Some of his hits were recorded by Bethânia, Gil, Chico Buarque, Elba Ramalho, and Fagner. In 1997 Dominguinhos wrote the soundtrack of the film O Cangaceiro and participated in the Brazilian documentary O Milagre de Santa Luzia on the Brazilian accordion music. During his lifetime, Dominguinhos received various prizes and awards, including the Latin Grammy in 2002 for his album Chegando de Mansinho.

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Mestre da música popular brasileira, o saudoso compositor e sanfoneiro pernambucano Dominguinhos (1941-2013) recebe uma homenagem com o musical Dominguinhos: Isso Aqui Tá Bom Demais que estreia no dia 6 de outubro no Teatro Faap, onde segue em cartaz até 27 de novembro.

O espetáculo foi idealizado pelo diretor Gabriel Fontes Paiva e pela diretora musical Myriam Taubkin, que trabalharam durante um bom tempo com o homenageado. Já o texto foi criado pela premiada dramaturga e jornalista Silvia Gomez e traz de forma contemporânea toda emoção daquele que acabou se consolidando não somente como o mestre do forró, mas com uma carreira musical própria englobando diversos gêneros como o jazz, o pop e a MPB.

Musical DOMINGUINHOS: ISSO AQUI TA BOM DEMAIS Honors the Late Master of Accordion  Image
"Isso Aqui Tá Bom Demais!"
photo by Priscila Prade

Para fazer jus a sua amplitude musical, boa parte do elenco veio do universo da música, como é o caso de Liv Moraes, cantora, parceira e filha de Dominguinhos, Cosme Vieira, que tocou sanfona com Dominguinhos quando ainda era criança, o ator e professor musical Wilson Feitosa, o compositor e arranjador Zé Pitoco, de Cupira / PE, que acompanhou Dominguinhos em inúmeros shows ao longo se sua carreira, um dos grandes expoentes da nova safra de atores e cantores brasileiros Luiza Fittipaldi e os conhecidos internacionalmente Hugo Linns, músico que é referência brasileira em viola e o aclamado percussionista Jam da Silva, os três últimos de Recife / PE.

"Quando Dominguinhos faleceu foi um momento difícil, porque o acompanhamos de perto. Ele era muito querido e sempre foi uma delícia trabalhar com ele. Pouco depois da morte dele, procurei a Myriam, minha parceira no Projeto Memória Brasileira, que documenta a memória viva da música brasileira há 35 anos, para criar um musical sobre a vida e obra desse gênio. Foram 7 anos elaborando, negociando direitos autorais e viabilizando o espetáculo. E hoje eu entendo que conseguimos construir o projeto ideal com dezenas de outras pessoas que compreendem, respiram e vivem neste universo", revela Paiva.

Sobre o processo de construção da dramaturgia, Silvia Gomez conta que o texto foi escrito ao longo de dois anos a partir de entrevistas com pessoas que conviveram com Dominguinhos, como Anastácia, Liv Moraes, além dos próprios Gabriel Fontes Paiva e Myriam Taubkin. Além disso, o jornalista especializado em música Lucas Nobile assina a pesquisa documental que apoiou a escrita dramatúrgica.

"Lucas trouxe um material vasto de linha do tempo, músicas, motivações, notícias e casos da vida desse mestre. O mergulho na obra incluiu programas, documentários, entrevistas e reportagens de jornais e revistas de época, além de livros como O Brasil da Sanfona, de Myriam Taubkin. Nos baseamos em fatos reais e depoimentos públicos de Dominguinhos, sem, no entanto, deixar de dialogar poeticamente com essa realidade, ficcionalizando certas passagens que envolvem as personagens evocadas", comenta a autora.

Muito mais do que contar de forma linear e cronológica a vida de Dominguinhos, a dramaturgia explora essa combinação entre o documental e o poético. "Há um certo lugar delirante em minhas dramaturgias e, aqui, pude expressá-lo no recorte escolhido como procedimento narrativo: em seu último momento de vida, Dominguinhos é visitado pelas histórias, pessoas - e sanfonas - que marcaram sua carreira, como se tudo se passasse numa fração de segundo infinita do pensamento e da memória. Também sou jornalista, e, pela primeira vez, pude combinar em uma peça teatral a minha formação híbrida, entre a dramaturgia e o documento. Ou melhor, pude buscar a vocação narrativa dessa vida e dessa obra tão importantes para a nossa formação cultural e afetiva", acrescenta.

Já a encenação parte de um jogo entre os atores e músicos, que se alternam nos papéis de Dominguinhos e das pessoas que fizeram parte da vida dele. "Este jogo tem tudo a ver com a trajetória de Dominguinhos e com a obra dele. Um homem que viveu para trazer alegria para as pessoas e que conseguia contar, inclusive coisas tristes, de uma forma alegre. A encenação parte desta brincadeira com a plateia para que a gente possa transmitir a energia que ele conseguia levar a todos nós. Quem viu Dominguinhos tocar ao vivo sabe do que estou falando e é isso que vamos tentar reproduzir", explica Gabriel Fontes Paiva.

Ainda sobre a direção, Paiva conta que buscou resgatar como grandes referências para a montagem elementos importantes para o sanfoneiro, como a cidade de Garanhuns, em Pernambuco, onde Dominguinhos nasceu, e os ritmos e danças como forró, baião e xaxado.

"Também buscamos a música pop dos anos 70 e 80 em São Paulo e no Rio de Janeiro. Fomos atrás da raiz, mas também da antena que ele foi: um músico pop que conseguiu passar por todos os gêneros musicais e realizou parcerias com dezenas de músicos de linguagens diferentes, um artista que sempre falou de sua época", adiciona o diretor.

Um pouquinho sobre Dominguinhos

Dominguinhos conseguiu unir o regional de um Brasil profundo com o que havia de mais moderno na música. Foi um artista que cantou a experiência humana em sua essência mais luminosa, sempre com leveza, humor, alegria e poesia.

Musical DOMINGUINHOS: ISSO AQUI TA BOM DEMAIS Honors the Late Master of Accordion  Image
"Eu Só Quero um Xodó!"
photo by Priscila Prade

Nascido em Garanhuns (PE), em 1941, José Domingos de Moraes iniciou a carreira ainda na infância. Aos oito anos, se apresentou para Luiz Gonzaga em um hotel de sua cidade natal, sem saber que tocava para o Rei do Baião. E, aos 13 anos, deixou seu estado com a família para tentar a sorte no Rio de Janeiro.

Em mais de 55 anos de carreira, Dominguinhos gravou 40 discos. No último desses trabalhos, Iluminado Dominguinhos, lançado em DVD em 2010, gravou grande parte de seu repertório instrumental com a participação de Gilberto Gil, Elba Ramalho, Wagner Tiso e Yamandu Costa, entre outros.

Suas músicas mais conhecidas são Eu Só Quero um Xodó e Tenho Sede (parcerias com Anastácia), cujos registros mais famosos foram feitos por Gil na década de 1970, Isso Aqui Tá Bom Demais e De Volta pro Aconchego (com Nando Cordel), clássico na voz de Elba Ramalho, nos anos 1980, Abri a Porta e Lamento Sertanejo (com Gilberto GIl).

De Volta pro Aconchego e Isso Aqui Tá Bom Demais fizeram parte da trilha da novela Roque Santeiro, aumentando a popularidade do artista nos anos 1980. Na mesma década, Chico Buarque gravou Tantas Palavras.

Dominguinhos também venceu o Grammy Latino duas vezes (em 2002 e 2012); o Prêmio Tim de Música Brasileira duas vezes (em 2007 e 2008) e o Prêmio Shell de Música (2010).

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Dominguinhos himself
photo by Priscila Prade

Embora morasse em São Paulo, ele sempre voltou ao Nordeste, desde as primeiras turnês com seus trios no início de carreira; nos muitos anos em que acompanhou Gonzagão; e ao lado de Anastácia. E, nunca deixou de se apresentar nas tradicionais festas juninas de Campina Grande (PB); Caruaru (PE); Feira de Santana (BA), entre muitas outras cidades.

Dominguinhos negava a maneira como sua região era tratada - pela ótica da miséria, da seca, da falta de esperança. Ele também adorava Fortaleza, onde fez inúmeros amigos, onde era muito bem recebido e onde ia descansar de seus compromissos. Sempre elogiava o povo cearense, como trabalhador e hospitaleiro.

O sanfoneiro faleceu no dia 23 de julho de 2013, depois de uma longa luta contra um câncer de pulmão, deixando um legado inestimável de valorização da música popular e da cultura nordestina.

Sinopse

O musical conta certas passagens da vida e obra de Dominguinhos misturando documento e ficção, já que o artista relembra sua trajetória através de fatos, músicas e parcerias profissionais e afetivas, enquanto conversa com sua maior e fiel companheira, a Sanfona.

FICHA TÉCNICA

Dramaturgia: Silvia Gomez
Direção artística: Gabriel Fontes Paiva
Direção musical: Myriam Taubkin

ELENCO:
Cosme Vieira
Hugo Linns
Jam da Silva
Liv Moraes
Luiza Fittipaldi
Wilson Feitosa
Zé Pitoco

Desenho de Movimento: Ana Paula Lopez
Desenho de Luz: André Prado e Gabriel Fontes Paiva
Figurino: Ana Luiza Fay
Cenário: Gabriel Fontes Paiva
Pesquisa documental: Lucas Nobile
Preparação vocal: Ana Luiza
Assistente de direção: Ana Paula Lopez e André Prado
Assistente de direção musical: Hugo Linns
Produção e assistente de cenografia: Carol Buceck
Coordenação técnica: André Prado
Engenharia de som e operação: Alberto Ranellucci
Assistente de som: Gustavo Magrão
Direção de Palco: Dani Colazante
Camareiro: Jô Nascimento
Contrarregra: Jeferson Oliveira dos Santos
Design gráfico: Teresa Maita
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Gestão de Projeto: Luana Gorayeb
Assistentes administrativos financeiros: Beth Vieira e Rogério Prudêncio
Produção executiva: Camila Scheffer
Assistência de produção: Rafaella Blat
Direção de produção: Dani Angelotti
Realização: Fontes Artes e Projeto Memória Brasileira

Serviço
Dominguinhos: Isso Aqui Tá Bom Demais
Temporada de 6 de outubro a 27 de novembro
Sextas e sábados, às 20h. Domingos, às 18h.
Teatro Faap: Rua Alagoas, 903 - Higienópolis.

Ingressos: R$ 120,00
Classificação indicativa: Livre
Duração: 110 minutos

Pré-venda com ingressos a R$ 50 no https://www.faap.br/teatro/




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