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Musical A HORA DA ESTRELA or CANTO DE MACABEA, Celebrates the Centenary of Clarice Lispector

By Claudio Erlichman. The production runs from November 3rd through December 11th at Teatro Vivo

By: Nov. 02, 2022
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Musical A HORA DA ESTRELA or CANTO DE MACABEA, Celebrates the Centenary of Clarice Lispector  ImageClarice Lispector was a Brazilian novelist and short story writer acclaimed internationally for her innovative novels and short stories. Born to a Jewish family in Western Ukraine, as an infant she moved to Brazil with her family, amidst the disasters engulfing her native land following the First World War.

She has been the subject of numerous books, and references to her and her work are common in Brazilian literature and music. Several of her works have been turned into films. In 2009, the American writer Benjamin Moser published Why This World: A Biography of Clarice Lispector. Since that publication, her works have been the object of an extensive project of retranslation, published by New Directions Publishing and Penguin Modern Classics, the first Brazilian to enter that prestigious series. Moser, who is also the editor of her anthology The Complete Stories (2015), describes Lispector as the most important Jewish writer in the world since Kafka.

Critical and public success, the musical A Hora da Estrela or O Canto de Macabéa, starring Laila Garin, opens at Teatro Vivo.

The show also features Claudia Ventura and Leonardo Miggiorin with direction and adaptation by André Paes Leme, musical direction by Marcelo Caldi and original score by Chico César.
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Depois de uma bem-sucedida temporada no Sesc Santana, o musical A Hora da Estrela ou O Canto de Macabéa volta em cartaz em São Paulo, com uma temporada no Teatro Vivo, entre os dias 3 de novembro e 11 de dezembro. O espetáculo tem adaptação e direção de André Paes Leme, canções especialmente compostas por Chico César e direção musical e arranjos de Marcelo Caldi.

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Clarice Lispector (1920-1977) herself
photo by José Castello Clarice

Laila Garin é Macabéa, a mítica protagonista do aclamado romance, ao lado de Claudia Ventura e Leonardo Miggiorin. Também estão em cena os músicos Fabio Luna (bateria, percussão, flauta e voz), Pedro Franco (guitarra, violão, bandolim, violino e voz) e Pedro Aune (baixo acústico, baixo elétrico, tuba e voz).

A idealização e produção do projeto é de Andréa Alves, da Sarau Cultura Brasileira, responsável por espetáculos como Elza, Suassuna - O Auto do Reino do Sol, Sísifo e Macunaíma.

Em 2020, ano do centenário de Clarice Lispector (1920-1977), uma de suas obras mais emblemáticas ganhou uma versão musical para os palcos, absolutamente original.

"O romance veio para minha estante através da minha professora, que por coincidência se chamava Laila. Ainda no percurso de "Gota D`Água", tive a ideia de propor o projeto para a Laila Garin protagonizar, com a direção do André, que é meu parceiro teatral há 30 anos, e as músicas do Chico César, que tinha feito as canções originais do Suassuna. Essa rede afetiva e a descoberta do centenário foram os motivos perfeitos para dar mais potência ao projeto", explica Andréa.

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Laila Garin as Clarice Lispector
photo by Beto Oliveira

A Hora da Estrela foi o último livro escrito por Clarice, que faleceu pouco tempo após o seu lançamento. Suas páginas narram a saga de Macabéa, imigrante nordestina cuja vida no Rio de Janeiro é marcada pela ausência de afeto e poesia. Vista pela sociedade como uma mulher desprovida de qualquer atrativo, ela se contenta com uma existência medíocre: ganha menos do que um salário, divide um quarto com quatro pessoas, sofre com um chefe rigoroso e não atrai a atenção de ninguém.

Na obra literária, tal história é contada por um escritor, que vê Macabéa na rua e resolve narrar a vida de uma pessoa tão invisível, comum e sem brilho, em um exercício de alteridade. Para esta versão teatral, André Paes Leme propõe uma inversão e essa figura do escritor se transforma em uma atriz. Desta forma, Laila Garin tem o desafio de se alternar entre a Macabéa e a Atriz, que não somente narra, mas também comenta e lança uma série de questões ao longo da encenação.

"O trabalho de adaptação não é de reescrever o texto. É o trabalho de transportar o universo sem estar aprisionado a qualquer palavra, através da edição e deslocamentos de episódios. Houve também a recondução dos textos do escritor para a atriz", conta o diretor, que tem longa experiência na transcrição de livros para o palco, no que se convencionou chamar de 'romance em cena'. Seguindo essa tradição, ele não somente faz uso de diálogos, mas coloca os atores como narradores, enquanto contracenam, fazendo uso de frases na íntegra do livro original.

André Paes Leme, que já assinou elogiadas adaptações de Guimarães Rosa ('A Hora e Vez de Augusto Matraga') e Nelson Rodrigues ('Engraçadinha, Seus Amores e Seus Pecados'), teve ainda a parceria de Chico César no processo de criação. As músicas pontuam toda a dramaturgia e aparecem para ilustrar o estado emocional e o interior de cada personagem. Ao longo da montagem, as canções servem ainda para detalhar algum acontecimento e também para tirar as personagens do sofrido estágio em que se encontram, trazendo alguma fantasia para existências tão opacas.

Chico César vem de outra experiência bem-sucedida, ao ter a literatura como base de uma criação musical para teatro. Em 2017, ele assinou a trilha de Suassuna - O Auto do Reino do Sol, ao lado da Cia. Barca dos Corações Partidos. A experiência rendeu uma série de prêmios e indicações, inclusive ao Prêmio da Música Brasileira pelo álbum. A Hora da Estrela ou O Canto de Macabéa vai trazer mais um conjunto de canções inéditas do compositor, com trechos musicados do próprio livro e criações livres, com base no original de Clarice Lispector.

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Leonardo Miggiorin and Laila Garin
photo by Beto Oliveira

O espetáculo marca ainda a primeira vez em que Laila Garin atua em um espetáculo de composições inéditas, produzidas ao longo do processo de ensaios. Após ser recordistas de premiações por seu trabalho em Elis - A Musical e Gota D'Água [a seco], Laila foi dirigida pela lendária Ariane Mnouckine em As Comadres, no início de 2019. Enquanto segue com uma série de projetos de TV, Laila se consagrou na última década como uma das grandes vozes do teatro musical brasileiro.

"Interpretar a Macabéa, as canções de Chico e ser dirigida por André já seriam motivos mais do que especiais para estar em cena. Mas fazer "A Hora da Estrela ou O Canto de Macabéa" vai além, é um espetáculo que diz exatamente o que queremos falar neste momento. Estar em cena também como a Atriz é uma afirmação deste ato poético e político que é o teatro. É um grito de indignação com muita poesia, lutando com as armas que temos. "A Hora da Estrela ou O Canto de Macabéa" fala das pessoas supostamente invisíveis, fala de solidariedade, de olhar para o outro com afeto. Além de tudo, é uma peça sobre esperança", analisa Laila.

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Laila Garin, Leonardo Miggiorin and Claudia Ventura​​​​​​
photo by Beto Oliveira


Histórico

A Hora da Estrela ou O Canto de Macabéa estreou em março de 2020 no no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro, em comemoração ao centenário de Clarice Lispector, mas teve a sua temporada interrompida pela pandemia do Covid-19. Após a pausa, o espetáculo retornou para uma temporada híbrida, entre maio e junho desse ano, seguindo todos os protocolos e lotação limitada, passando também pelo CCBB Brasília e CCBB BH.

Em 2022, o musical cumpriu uma nova temporada no Sesc Santana, em fevereiro. Na ocasião, também foi lançado o álbum O Canto de Macabéa ou a Hora da Estrela, com canções interpretadas por Chico César e Laila Garin, que pode ser conferido nas principais plataformas digitais.

Sinopse
Macabéa é uma migrante nordestina cuja vida é marcada pela ausência de afeto e poesia. Sua história é contada por uma atriz, que resolve narrar sua vida em um exercício de alteridade.

Ficha Técnica

Da obra de Clarice Lispector

Adaptação e Direção: André Paes Leme

Música: Chico César (canções originais) e Marcelo Caldi (direção musical e arranjos)

Idealização e Direção de Produção: Andréa Alves

Com Claudia Ventura, Leonardo Miggiorin e Laila Garin

Músicos
Fabio Luna - Bateria, Percussão, Flauta e voz.
Pedro Franco - Guitarra, Violão, Bandolim, Violino e voz.
Pedro Aune - Baixo acústico, Baixo elétrico, Tuba e voz.

Produção
Coordenação de Produção: Rafael Lydio
Produção Executiva: Flávia Primo
Assistente de Produção: Matheus Castro
Assessoria de imprensa: Pombo Correio

Serviço

A Hora da Estrela ou o Canto de Macabéa

Temporada: 3 de novembro a 11 de dezembro (exceto no dia 17/11)
De quinta a sábado, às 20h; e aos domingos, às 18h
Teatro Vivo - Avenida Dr. Chucri Zaidan, 2460 - Vila Cordeiro
Ingressos: R$100 (inteira) e R$50 (meia-entrada)** | Preço popular (há limite por sessão): R$60 (inteira) e R$30 (meia-entrada)

**Meia-entrada para estudantes, idosos, professores, PCDs, funcionários da Vivo e participantes do programa Vivo Valoriza (com voucher de desconto)

Vendas online: https://bileto.sympla.com.br/event/76705/d/159075/s/1057209

Acessibilidade:

PNE (cadeirante) - 6 lugares + 6 acompanhantes
PMR - 2 lugares + 2 acompanhantes
Obeso - 3 lugares + 3 acompanhantes

Os ingressos dos acentos de acessibilidade poderão ser adquiridos através de reserva pela bilheteria 11 3279-1520 (funcionamento somente nos dias de peça 2h antes da sessão) ou pelo e-mail teatrovivo@trimitraco.com.br

Classificação: 16 anos

Duração: 90 minutos




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