The production runs from November 4th through 27th, at Teatro Estúdio.
Dom Casmurro is an 1899 novel written by Brazilian author Machado de Assis (1839 – 1908). Like The Posthumous Memoirs of Brás Cubas and Quincas Borba, both by Machado, it is widely regarded as a masterpiece of realist literature. It is written as a fictional memoir by a distrusting, jealous husband. The narrator, however, is not a reliable conveyor of the story as it is a dark comedy. Dom Casmurro is considered by critic Afrânio Coutinho "a true Brazilian masterpiece, and perhaps Brazil's greatest representative piece of writing" and "one of the best books ever written in the Portuguese language, if not the best one to date." The author is considered a master of Brazilian literature with a unique style of realism.
Its protagonist is Bento Santiago, the narrator of the story which, told in the first person, aims to "tie together the two ends of life", in other words, to bring together stories from his youth to the days when he is writing the book. Between these two moments, Bento writes about his youthful reminiscences, his life at the seminary, his affair with Capitu and the jealousy that arises from this relationship, which becomes the main plot of the story. Set in Rio de Janeiro during the Second Reign, the novel begins with a recent episode in which the narrator is nicknamed "Dom Casmurro", hence the title of the novel. Machado de Assis wrote it using literary devices such as irony and intertextuality, making references to Schopenhauer and, above all, to Shakespeare's Othello. Over the years, Dom Casmurro been the subject of numerous studies, adaptations to other media and interpretations throughout the world, from psychological and psychoanalytical in literary criticism in the 1930s and 1940s, through feminist literary criticism in the 1970s, to sociological in the 1980s and beyond, with its themes of jealousy, Capitu's ambiguity, the moral portrait of the time and the character of the narrator. Credited as a forerunner of Modernism and of ideas later written by the father of psychoanalysis Sigmund Freud, the book influenced writers such as John Barth, Graciliano Ramos and Dalton Trevisan, and is considered by some to be Machado's masterpiece, on a par with The Posthumous Memoirs of Brás Cubas. Dom Casmurro has been translated into several languages and remains one of his most famous books and is considered one of the most fundamental works in all of Brazilian literature.
Dom Casmurro is now getting a new and bold adaptation in the form of a musical, which will premiere on November 4th at Teatro Estúdio, in São Paulo, for a short season with sessions on Mondays, Tuesdays and Wednesdays. This independent production is the result of a partnership between A Casa Que Fala and Tomate Produções, under the direction of the renowned and award-winning Zé Henrique de Paula, who brings an innovative and sensitive vision to the work. The lyrics, music and musical direction are by Guilherme Gila, the adapted book is given the contours of the actor and writer Davi Novaes and the movement direction is by Zuba Janaína.
Dupla formada por Guilherme Gila, autor do premiado musical A Igreja do Diabo e Davi Novaes, autor da peça O Que Restou de Mim em Você, se unem ao diretor Zé Henrique de Paula para levar obra machadiana ao palco, com música e drama.
Uma das obras-primas da literatura brasileira, Dom Casmurro, de Machado de Assis, ganhou uma nova e ousada adaptação no formato de musical, que estreou no dia 4 de novembro no Teatro Estúdio, em São Paulo, para uma curta temporada com sessões às segundas, terças e quartas. Essa realização independente é fruto da parceria entre A Casa Que Fala e a Tomate Produções, sob a direção do renomado e premiado Zé Henrique de Paula, que traz uma visão inovadora e sensível para a obra. As letras, músicas e direção musical são assinadas por Guilherme Gila, o texto adaptado ganha os contornos do ator e escritor Davi Novaes e a direção de movimento é de Zuba Janaína.
O projeto de Dom Casmurro foi gestado ao longo de três anos, em um processo colaborativo que busca não apenas adaptar, mas também reinterpretar a história de Bentinho, Capitu e Escobar através de uma nova linguagem. Guilherme Gila e Davi Novaes, identificaram um "gap" no mercado de musicais brasileiros, onde muitas produções se concentram em biografias, enquanto Gila sonhava em trazer as obras literárias nacionais para o palco. “Percebi que muitos musicais que amamos no exterior são adaptações da literatura, e assim decidi focar em nossos clássicos. Dom Casmurro logo se destacou como uma escolha perfeita”, explica ele.
A ideia para o musical surgiu em 2021, durante a pandemia, em um contexto onde o teatro precisou se reinventar. Os dois criadores se encontravam toda segunda-feira para alinhar ideias e compartilhar o que havia sido escrito. “Era um verdadeiro laboratório criativo onde um texto poderia se transformar em música e vice-versa. Quando o Zé entrou no projeto, novas camadas de interpretação surgiram, trazendo uma visão fresca e contemporânea para a narrativa”, detalha Gila.
Adaptar uma obra tão rica e complexa como Dom Casmurro apresenta desafios significativos. Davi enfatiza a importância de manter a essência machadiana enquanto oferece uma nova perspectiva. “Tentei me ater ao livro o máximo possível, mas também busquei criar uma narrativa que dialogasse com o público atual. Na nossa versão, Bentinho, o narrador, é uma fonte não confiável, o que gera ambiguidade e permite que exploremos diferentes camadas da história”, explica Novaes.
Para contar essa história rica em nuances emocionais, o elenco foi cuidadosamente selecionado. Luci Salutes assume o papel de Capitu, a enigmática protagonista com seu olhar "de cigana", que provoca paixões e dúvidas em Bentinho. Rodrigo Mercadante interpreta Bentinho, o narrador consumido por ciúmes e inseguranças, enquanto Cleomácio Inácio encarna Escobar, o melhor amigo cuja relação com Capitu gera conflitos. Larissa Carneiro assume a forma de Prima Justina, a figura leal que contrasta com os dilemas dos protagonistas, e de Sancha, amiga de Capitu e esposa de Escobar. Fábio Enriquez assume o papel de José Dias, o curioso agregado da família, e Nábia Villela traz à vida Dona Glória, a mãe influente que molda as decisões de Bentinho. Por fim, Eduardo Leão interpreta Tio Cosme, o parente sábio que oferece cautela em meio ao turbilhão emocional da trama. Juntos, esse talentoso elenco promete uma interpretação rica e profunda dos conflitos da narrativa clássica.
Um dos aspectos mais inovadores da adaptação é a escolha musical. Gila e Novaes optaram por uma trilha que vai do rock à MPB, refletindo as emoções e conflitos dos personagens. Para a fase em que Bentinho se rebela contra a decisão da mãe de se tornar padre, o rock and roll foi escolhido como símbolo de rebeldia. “Buscamos construir um cancioneiro que não só acompanha a narrativa, mas que também amplifica as emoções que Machado de Assis evoca em seus escritos”, afirma Gila, que também está ao piano e na regência da banda composta por, Samir Alves (violino), Felipe Parisi (violoncelo) e Daniel Alfaro (percussão).
Além da música e do texto, a produção conta com uma equipe técnica talentosa, incluindo Fran Barros no desenho de luz e Cauê Palumbo no desenho de som, que trabalham em conjunto para criar uma atmosfera única. O figurino é de Ùga agÚ e o visagismo é de Jo Sant Anna. A cenografia é de responsabilidade de Zé Henrique de Paula, que se inspira nas nuances da obra para criar um cenário que dialogue com a narrativa. O diretor em jornada dupla conta com a assistência de direção de Mafê Alcântara.
Dom Casmurro - Musical inspirado na obra de Machado de Assis não é apenas uma adaptação; é uma celebração da obra de Machado de Assis e da riqueza da literatura brasileira. O espetáculo promete levar o público a uma jornada emocionante e envolvente, onde a história de Bentinho e Capitu é contada de uma maneira vibrante e contemporânea. Prepare-se para uma experiência única no teatro, onde a literatura se encontra com a música, reimaginando um dos maiores clássicos da nossa cultura.
FICHA TÉCNICA:
Texto: Davi Novaes (baseado na obra de Machado de Assis) | Letras, músicas e direção musical: Guilherme Gila | Direção geral: Zé Henrique de Paula | Direção de movimento: Zuba Janaína | Assistência de direção: Mafê Alcântara | Desenho de luz: Fran Barros | Desenho de som: Cauê Palumbo | Figurino: Ùga agÚ | Assistência de figurino: Cauã Stevaux, Gagum Silvestre, Mariana Garcia, Natália Munck e Rafael Océa | Visagismo: Jo Sant Anna | Perucaria: Laerte Késsimos | Cenografia: Zé Henrique de Paula | Cenotécnico: Cauê Maia | Elenco: Luci Salutes, Rodrigo Mercadante, Cleomácio Inácio, Larissa Carneiro, Fábio Enriquez, Nábia Villela e Eduardo Leão | Piano e regência: Guilherme Gila | Violino: Samir Alves | Violoncelo: Felipe Parisi | Percussão: Daniel Alfaro | Transcrições: Samir Alves | Editoração: Felipe Parisi | Arranjos: Samir Alves e Guilherme Gila (com colaborações de Felipe Parisi e Daniel Alfaro) | Músicos substitutos: Bruna Barone (percussão), Giovanni Sartori (violoncelo) e Paulo Viel (violino) | Técnico de luz: Claudio Gutierres | Operação de som: Tatah Cerquinho | Técnico de som: Thiago Schin | Produção geral: A Casa que Fala e Tomate Produções | Coordenação de produção: Marcos Mattje e Rebeca Reis | Produção executiva: Titto Gonçalves e Rebeca Reis | Assistência de produção executiva: Gregory Pena | Assistência de produção: Anne Beatriz, Babi Trabasso, Gabriel Arjona, Giulia Lavinia, Victor Edwards e Vitor Colli | Identidade visual: Dan Maschio | Layout do programa: Isa++ | Editoração do programa: Anne Beatriz | Assessoria de imprensa: GPress Comunicação (Grazy Pisacane) | Fotografia: Felipe Quintini, Pedro Veras e Hallan Fidelis.
SERVIÇO:
Local: Teatro Estúdio
Rua Conselheiro Nébias, 891 – Campos Elíseos – São Paulo/SP
Temporada: de 4 a 27 de novembro
Sessões: segundas às 20h | terças às 20h | quartas às 20h (exceto 6/11)
Duração: aproximadamente 120 minutos (incluindo 15min de intervalo)
Classificação: Livre
Ingressos: R$120 (inteira) e R$60 (meia-entrada)
Venda online: Sympla - https://bileto.sympla.com.br/event/99492/d/283439/s/1935300
(haverá bilheteria física no teatro 2h antes do início da sessão)
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