by Claudio Erlichman. After a great success in Rio de Janeiro, the production opens on January 19th at Teatro FAAP, in Sao Paulo.
With more than 23 million copies sold worldwide, the book Sapiens - A Brief History of Humanity, by professor and philosopher Yuval Noah Harari, was the starting point for the play Ficções, idealized by producer Felipe Heráclito Lima and written and staged by Rodrigo Portella. After a successful season in Rio de Janeiro, the monologue, which marks the return of Vera Holtz to the stage after three years, opens on January 19 at Teatro FAAP, in São Paulo, for a season until March 26.
Published in 2014, Harari's book states that man's great differential in relation to other species is his ability to invent, to create fictions, to imagine things collectively and, with this, make possible the cooperation of millions of people - which it involves practically everything around us: the concept of nation, laws, religions, political systems, companies, etc. But also the fact that, although we are more powerful than our ancestors, we are no happier than them. Based on this premise, the book asks: are we using our most unique characteristic to build fictions that collectively provide us with a better life?
Com mais de 23 milhões de cópias vendidas em todo o mundo, o livro Sapiens - Uma Breve História Da Humanidade, do professor e filósofo Yuval Noah Harari, foi o ponto de partida para o espetáculo Ficções, idealizado pelo produtor Felipe Heráclito Lima e escrito e encenado por Rodrigo Portella. Depois de uma temporada de sucesso no Rio de Janeiro, o monólogo, que marca o retorno de Vera Holtz aos palcos depois de três anos, estreia em 19 de janeiro, no Teatro FAAP, em São Paulo, para uma temporada até 26 de março.
Publicado em 2014, o livro de Harari afirma que o grande diferencial do homem em relação às outras espécies é sua capacidade de inventar, de criar ficções, de imaginar coisas coletivamente e, com isso, tornar possível a cooperação de milhões de pessoas - o que envolve praticamente tudo ao nosso redor: o conceito de nação, leis, religiões, sistemas políticos, empresas etc. Mas também o fato de que, apesar de sermos mais poderosos que nossos ancestrais, não somos mais felizes que esses. Partindo dessa premissa, o livro indaga: estamos usando nossa característica mais singular para construir ficções que nos proporcionem, coletivamente, uma vida melhor?
"É um livro que permite uma centena de reflexões a partir do momento em que nos pensamos como espécie e que, obviamente, dialoga com todo mundo. Acho que esse é o principal mérito da obra dele", analisa Felipe H. Lima, que comprou os direitos para adaptar o livro para o teatro em 2019.
Instigado pelas questões trazidas pelo livro e pela inevitável analogia com as artes cênicas - por sua capacidade de criar mundos e narrativas - o encenador Rodrigo Portella criou um jogo teatral em que a todo momento o espectador é lembrado sobre a ficção ali encenada: "Um dos principais objetivos é explorar o sentido de ficção em diversas direções, conectando as realidades criadas pela humanidade com o próprio acontecimento teatral", resume.
Quando foi chamado para escrever e dirigir, Rodrigo imaginou que iria pegar pedaços do livro para transformar em um espetáculo: "Ao começar a ler, entendi que não era isso. Era preciso construir uma dramaturgia original a partir das premissas do Harari que seriam interessantes para a espetáculo. Em nenhum momento, no entanto, a gente quer dar conta do livro na peça. Na verdade, é um diálogo que a gente está estabelecendo com a obra", enfatiza. A estrutura narrativa foi outro ponto determinante no propósito do espetáculo: "Eu queria fazer uma peça que fosse espatifada, não é aquela montagem que é uma história, que pega na mão do espectador e o leva no caminho da fábula. Quis ir por um caminho onde o espectador é convidado, provocado a construir essa peça com a gente. É uma espécie de jam session. É uma performance em construção, Vera e Federico brincam com tudo, com os cenários, tem uma coisa meio in progress", descreve.
Para a empreitada, Rodrigo contou com a interlocução dramatúrgica de Bianca Ramoneda, Milla Fernandez e Miwa Yanagizawa: "Mesmo sem colaborar diretamente no texto, elas foram acompanhando, balizando a minha criação, foram conversas que me ajudaram a alinhar a direção, o caminho que daria para o espetáculo", conta.
Vera Holtz se desdobra em personagens da obra literária e em outras criadas por Rodrigo, canta, improvisa, "conversa" com Harari, brinca e instiga a plateia, interage com o músico Federico Puppi - autor e performer da trilha sonora original, com quem divide o palco. Em outros momentos, encarna a narradora, às vezes é a própria atriz falando. "Eu gosto muito desse recorte que o Rodrigo fez, de poder criar e descriar, de trabalhar com o imaginário da plateia", destaca Vera. "O desafio é essa ciranda de personagens, que vai provocando, atiçando o espectador. Não se pode cristalizar, tem que estar o tempo todo oxigenada", completa. Rodrigo concorda: "É um espetáculo íntimo, quem for lá vai se conectar com a Vera, ela está muito próxima, tem uma relação muito direta com o espectador".
SERVIÇO:
Temporada | de 19 de janeiro a 26 de março de 2023
Horário | sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 18h
Local | Teatro FAAP
Endereço | Rua Alagoas, 903 - Higienópolis
Tel | 11 3662-7233 / 97185-9332 (whatsapp)
Capacidade | 510 lugares
Entrada | de R$50 a R$150
Classificação indicativa |12 anos
Duração | 80min
INGRESSOS:
https://teatrofaap.showare.com.br/
R$ 150 (Inteira) e R$ 75 (meia-entrada)
Ingresso Popular: R$ 50 (mezanino)
Bilheteria física: Rua Alagoas, 903, Higienópolis, São Paulo - SP. De quarta a sábado das 14h às 20h e domingo das 14h às 17h. Em dia de espetáculo, até o início do mesmo.
Televendas: 11 3662-7233 / 11 3662-7234
VERA HOLTZ em FICÇÕES
Inspirada a partir do livro Sapiens - Uma Breve História da Humanidade, de Yuval Noah Harari
Idealizada por Felipe Heráclito Lima
Escrita e encenada por Rodrigo Portella
Performance e Trilha Sonora Original: Federico Puppi
Interlocução dramatúrgica: Bianca Ramoneda, Milla Fernandez e Miwa Yanagizawa
Assistente de direção: Cláudia Barbot
Cenário: Bia Junqueira
Figurino: João Pimenta
Iluminação: Paulo Medeiros
Preparação corporal: Tony Rodrigues
Preparação vocal: Jorge Maya
Programação Visual: Cadão
Fotos: Ale Catan
Direção de produção: Alessandra Reis
Gestão de projetos e leis de incentivo: Natália Simonete
Produção executiva: Wesley Cardozo
Administração: Cristina Leite
Produtores associados: Alessandra Reis, Felipe Heráclito Lima e Natália Simonete
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