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Bringing a horizon that dissolves and dialogue with cinema, Puccini 's MADAMA BUTTERFLY Opens Theatro Municipal (Sao Paulo) 2024 Season

By Claudio Erlichman. The recitals run from March 15th through 23rd at Theatro Municipal (São Paulo).

By: Mar. 05, 2024
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Bringing a horizon that dissolves and dialogue with cinema, Puccini 's MADAMA BUTTERFLY Opens Theatro Municipal (Sao Paulo) 2024 Season  ImageAn opera that tells a tragedy so striking that it has already been recreated and reread in cinema and theater in different contexts and times by directors such as Bob Wilson and in works such as Miss Saigon is highlighted at the Theatro Municipal de São Paulo in March. The drama of the young geisha Cio-Cio-San, who has a child with the American naval officer Pinkerton and is abandoned by him, is the highlight of the beginning of the 2024 opera season. With seven performances, one of the most acclaimed and adapted in story, Madama Butterfly, celebrates the centenary of Puccini's death, in 2024.

The production that arrives at the Theatro Municipal de São Paulo from March 15 comes from a successful season at Teatro Colón, in Buenos Aires (Argentina), but with a different cast, which includes the respected sopranos Carmen Giannattasio and Eiko Senda, well-known singers with protagonists. In this version of the work, award-winning director Livia Sabag highlights in all aspects of the work the social decline and impoverishment that occur in the life of Cio-Cio-San, the protagonist who falls in love with an American sailor and has a child with him. , highlighting sociocultural and gender aspects that lead to the tragic outcome of the plot. The work has scenography by Nicolàs Boni, lighting by Caetano Vilela, costumes by Sofia Di Nunzio, Matias Otálora in the video and Mercedes Marmorek in the scenic direction.
 

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The Flower Duet.
photo by Arnaldo Colombaroli.

Montagem do clássico de Puccini com direção de Livia Sabag, sucesso recente no Theatro Colón de Buenos Aires, abre a temporada de óperas a partir de 15 de março.  Serão sete récitas homenageando o compositor no ano do centenário de sua morte.

Uma ópera que conta uma tragédia tão marcante que já foi remontada e relida no cinema e no teatro em diferentes contextos e épocas por diretores como Bob Wilson e em obras como Miss Saigon é o destaque no Theatro Municipal de São Paulo no mês de março. O drama da jovem gueixa Cio-Cio-San, que tem um filho com o oficial da marinha americana Pinkerton e é por ele abandonada, é o destaque do início da temporada de óperas de 2024. Com sete récitas, um dos títulos mais aclamados e adaptados da história, Madama Butterfly, comemora o centenário de morte de Puccini, em 2024.

A montagem que aporta no Theatro Municipal de São Paulo a partir de 15 de março vem de uma bem-sucedida estreia no Teatro Colón, de Buenos Aires (Argentina), porém com um elenco distinto, que inclui as respeitadas sopranos Carmen Giannattasio e Eiko Senda, cantoras com familiaridade com o papel. Nessa versão da obra, a premiada diretora Livia Sabag ressalta em todos os aspectos da obra, o declínio social e o empobrecimento que acontecem na vida de Cio-Cio-San, a protagonista que se apaixona por um marinheiro americano e tem com ele um filho, evidenciando aspectos socioculturais e de gênero que desembocam no desfecho trágico da trama.  O trabalho tem a cenografia de Nicolàs Boni, a iluminação de Caetano Vilela, o figurino de Sofia Di Nunzio, Matias Otálora no vídeo e Mercedes Marmorek na assistência de direção cênica.

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Reading the letter.
photo by Arnaldo Colombaroli.

A ópera estreou em Milão, em 1904. Puccini trabalhou com um libreto de Luigi Illica e Giuseppe Giacosa, que se inspiraram na obra Madame Butterfly, publicada em 1898 por John Luther Long, inspirada em um drama supostamente real, e transformada em peça de teatro por David Belasco.

“Essa montagem traz uma leitura tradicional, pois a ação se passa no período do libreto, mas ao mesmo tempo nova, ao enfatizar o declínio social da protagonista e ao propor uma abordagem concreta e ao mesmo tempo simbólica de seu destino trágico”, explica Livia Sabag. “Tanto no cenário, nas projeções, quanto na ação cênica, há uma sugestão de que a casa de Butterfly está instalada em um lugar alto, ermo, e que em um determinado momento é destruída por um desastre natural, como um deslizamento de terra. É como se Butterfly se instalasse e fosse instalada por todos que a rodeiam em um terreno perigoso, prestes a ruir. Quando ela se casa com Pinkerton está completamente vulnerável, e sua vida é arrasada pela sequência dos acontecimentos que a conduzem ao suicídio”, explica.

“A encenação propõe uma ênfase na questão do empobrecimento e do declínio social da protagonista. É um dado que está claro no libreto, mas que muitas vezes passa batido nas produções. A casa da nossa encenação é uma casa simples, que os japoneses chamam de minka (casa do povo). Não é rica nem perfeita. O cenário é árido e não há luxo. No segundo ato os kimonos de Cio-Cio-San, Suzuki e da criança estão sujos e desgastados. Desse modo, a pobreza que a ronda está clara em seu entorno”, completa, a respeito da cenografia e caracterização de figurino.

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Duet: Act I.
photo by Arnaldo Colombaroli.

A partir de projeções em vídeo e até um desabamento de terra, incluindo cenas de filmes do cineasta Kenji Mizoguchi, em especial de um filme chamado A Vida de Oharu, a natureza e a vida íntima da personagem seguem em consonância ao longo do espetáculo.

Mizoguchi é considerado o primeiro cineasta feminista da história e tem uma obra potente que influenciou a montagem da diretora cênica da ópera. Livia explica a escolha: “Quase toda a obra desse cineasta é marcada por um fator biográfico importante, o pai vendeu a sua irmã para resolver problemas financeiros. Esse filme é especialmente dedicado a ela e a trajetória da protagonista Oharu tem muitos pontos em comum com a de Butterfly. A personagem é usada e descartada diversas vezes, e vai empobrecendo ao longo da vida. Além de usarmos elementos do filme como inspiração para o cenário e figurinos, projetamos cenas de A Vida de Oharu no Intermezzo. São sugestões de imagens que passam pela cabeça de Cio Cio enquanto ela passa a noite acordada esperando que Pinkerton retorne.”

A regência da Orquestra Sinfônica Municipal é de Roberto Minczuk nos dias 15, 16, 17, 19 e 20 e de Alessandro Sangiorgi nos dias 22 e 23. Participa ainda o Coral Paulistano, sob a regência de Maíra Ferreira.

Como a protagonista Cio-Cio San, as sopranos Carmen Gianattasio e Eiko Senda se dividem nas sessões, ambas experientes intérpretes do repertório de Puccini. No primeiro elenco, que se apresenta nos dias 15, 17, 20 e 23 de março, Celso Albelo interpreta Pinkerton, Ana Lucia Benedetti é Suzuki e Douglas Hahn interpreta Sharpless. Nas récitas de 16, 19 e 22 de 23, Enrique Bravo é Pinkerton, Juliana Taino, Suzuki, e Michel de Souza, Sharpless. Todas as apresentações contam com Elaine Martorano como Kate Pinkerton; Jean William como Goro; Carlos Eduardo Santos como Príncipe Yamadori, Andrey Mira como Bonzo, Márcio Marangon como Yakuside, Leonardo Pace como Comissário Imperial, Sebastião Teixeira como Notário, Magda Painno como mão de Cio-Cio-San, Caroline de Comi como Prima de Cio-Cio-San e Graziela Sanchez como Tia de Cio-Cio-San. Cenografia, figurinos e adereços serão os mesmos apresentados no Theatro Colón em 2023, de modo que o público poderá conferir a personalidade deste trabalho agora em São Paulo. A duração aproximada é de 170 minutos com intervalo, a classificação indicativa, de 12 anos e os ingressos vão de R$12 a R$165.

 

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Bocca chiusa.
photo by Arnaldo Colombaroli.

Madama Butterfly teve sua primeira montagem das cerca de 40 que o Theatro já recebeu, em 1911, pela companhia lírica do barítono Titta Ruffo, e também ela estreou primeiramente na principal casa de óperas argentina. De lá até 2008, data da última montagem do título no Theatro Municipal de São Paulo, sob direção de Jorge Takla e com cenário de Tomie Ohtake, já foram realizadas aproximadamente 40 montagens do drama Pucciniano.

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Final: Intermezzo.
photo by Arnaldo Colombaroli.

MADAMA BUTTERFLY
Ópera em três atos de Giacomo Puccini com libreto de Luigi Illica

Datas:
15 sexta 20h
16 sábado 17h
17 domingo 17h
19 terça 20h
20 quarta 20h
22 sexta 20h
23 sábado 17h

Local: Sala de Espetáculos - Theatro Municipal

Orquestra Sinfônica Municipal
Coral Paulistano

Roberto Minczuk, direção musical e regência (15, 16, 17, 19, 20)
Alessandro Sangiorgi, regência (22, 23)
Livia Sabag, direção cênica
Maíra Ferreira, regente do Coral Paulistano
Nicolàs Boni, cenografia
Caetano Vilela, iluminação
Sofia Di Nunzio, figurino
Matías Otálora, vídeo
Tiça Camargo, visagismo
Mercedes Marmorek, assistente de direção cênica
*Cenografia, figurinos e adereços: produzidos pelo Teatro Colón de Buenos Aires

dias 15, 17, 20 e 23
Carmen Giannattasio, Cio-Cio San / Madama Butterfly
Celso Albelo, Pinkerton
Ana Lucia Benedetti, Suzuki
Douglas Hahn, Sharpless

dias 16, 19, 22
Eiko Senda, Cio-Cio San / Madama Butterfly
Enrique Bravo, Pinkerton
Juliana Taino, Suzuki
Michel de Souza, Sharpless

todas as datas
Elaine Martorano, Kate Pinkerton
Jean William, Goro
Carlos Eduardo Santos, Príncipe Yamadori
Andrey Mira, Bonzo
Márcio Marangon, Yakusidé
Leonardo Pace, comissário imperial
Sebastião Teixeira, notário
Magda Painno, mãe de Cio-Cio-San
Caroline De Comi, prima de Cio-Cio-San
Graziela Sanchez, tia de Cio-Cio-San

Ingressos: https://theatromunicipalsp.byinti.com/#/event/opera-madame-butterfly
de R$ 12,00 a R$ 165,00 (inteira)

Classificação indicativa – Não recomendado para menores de 12 anos - pode conter histórias com agressão física, insinuação de consumo de drogas e insinuação leve de sexo.

Duração total: Aproximadamente 170 minutos (com intervalo)

Serviço

Theatro Municipal de São Paulo
Praça Ramos de Azevedo, s/nº
Sé - São Paulo, SP
Capacidade Sala de Espetáculos - 1503 pessoas




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