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Brazilian Production of SPONGEBOB THE MUSICAL Brings a Splish Splash of Enchantment, Fantasy and Current Issues

by Claudio Erlichman. The production runs from July 27th throught September 17th.

By: Aug. 02, 2023
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Brazilian Production of SPONGEBOB THE MUSICAL Brings a Splish Splash of Enchantment, Fantasy and Current Issues  Image“You can be anything you want if you have imagination”. SpongeBob SquarePants and his incorrigible optimism won over generations of fans around the world over 20 years, and took the Broadway stage, turning into a hugely successful musical, with original songs by names like David Bowie, Cyndi Lauper, John Legend, Steven Tyler and Joe Perry (from Aerosmith), Panic!At the Disco, The Flaming Lips and Sara Bareilles, among others. After the success of the season in Rio de Janeiro SpongeBob SquarePants: The Broadway Musical arrives in São Paulo on July 27, at Teatro Sergio Cardoso. Onstage, iconic Nickelodeon characters will attempt to save Bikini Bottom from extinction.

SpongeBob SquarePants: The Broadway Musical  is produced by Touché Entretenimento, directed by Gustavo Barchilon, music direction by Laura Visconti, Brazilian version by Anna Toledo and executive production by Renata Borges. The creatives of the Brazilian production also features great names such as Fabio Namatame (costume design), Maneco Quinderé (lighting design), Alonso Barros (choreography), Natália Lana (set design) and Feliciano Sanroman (hair & wig and make-up design), among others.

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Um Dia no Fundo do Mar number (Bikini Bottom Day)
photo by Mare Martin

Eu sei o que você está pensando. E eu pensei o mesmo. Bob Esponja musical da Broadway? Mas, acredite, funciona. E se você não acredita na minha palavra, aceite as palavras de dezenas de críticos do The Great White Way, que tendem a levar o título de "crítico" um pouco a sério demais e parecem determinados a massacrar shows ... Até eles amam o adorável palerma Bob Esponja Calça Quadrada! Uma prova disso é que após o sucesso de sua estreia em 2017, Bob Esponja, O Musical recebeu 12 indicações ao Tony Awards, incluindo: Melhor Musical, Melhor Ator em Musical, Melhor Trilha Sonora Original, Melhor Direção de Musical, Melhor Coreografia, Melhor Cenário de Musical e Melhor Figurino de Musical. Também em 2018, venceu seis categorias do Drama Desk Award, incluindo: Melhor Musical, Melhor Ator em Musical, Melhor Caracterização de Ator em Musical e Melhor Diretor de Musical.

Se por acaso, como Patrick Estrela, você esteja morando sob uma rocha, Bob Esponja Calça Quadrada (SpongeBob SquarePants) é uma série animada de televisão sobre uma esponja de cozinha amarela antropomórfica que vive em um abacaxi no fundo do mar. Quando criança, é como assistir a um conto de fadas divertido; quando adulto, é como uma viagem lisérgica. É a perfeição! Lançado em 1999 por Stephen Hillenburg, um ex-biólogo marinho cujo interesse pela vida aquática era excepcionalmente desenfreado, o desenho animado da Nickelodeon apresentou ao mundo uma comunidade conhecida como Fenda do Biquíni, habitada por plânctons ardilosos, caranguejos empreendedores e uma esquila texana treinada em caratê em um traje de astronauta. Desnecessário dizer que se tornou uma franquia multibilionária.

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Ruben Gabira as Squidward Q. Tentacles in
Não Sou Um Fracasso number (I'm Not a Loser)
photo by Léo Aversa/Divulgação

Embora tenha havido muitos musicais de sucesso baseados em filmes de animação, principalmente os da Disney, aqueles baseados em séries animadas de televisão ou quadrinhos foram bem poucos. Tivemos sucessos como o pioneiro Buster Brown (1905), baseado nas tiras de Chiquinho e Jagunço; Little Nemo, em 1908; A Família Addams (2010); Li’l Abner (1956) baseado na Família Buscapé; As Aventuras do Super Homem em It’s a Bird... It’s a Plane... It’s Superman! (1966); Meu Amigo, Charlie Brown (1967) e Snoopy!!! (1975) inspirados nos quadrinhos de Charles M. Schulz; Doonesbury (1983), Annie (1976) – o mais bem-sucedido de todos, e Spider-Man: Turn Off the Dark (2002) um fracasso heroico. Transformar Bob Esponja em um musical teatral parecia arriscado - mas com certeza valeu a pena.

Este verdadeiro fenômeno agora chega como uma extravagância musical no Teatro Sérgio Cardoso, com produção da Touché Entretenimento. Deixando acertadamente de lado os enredos dos desenhos, temos aqui uma história totalmente original de Kyle Jarrow, concebida pela diretora da montagem original Tina Landau, que começa quando um monte vulcânico localizado inconvenientemente perto da cidade natal de Bob Esponja, a tal Fenda do Bikini, ameaça entrar em erupção. Bob, seu melhor amigo, Patrick Estrela, e sua amiga esquila, Sandy Bochechas (sim, há uma esquilo-fêmea cientista que agora vive no fundo do mar), elaboram um esquema para evitar que ele se irrompa tentando assim salvar o mundo subaquático do Armagedon. Mas o microscópico supervilão Sheldon Plankton tem outros planos. Há também uma sátira voltada para a política e a mídia; uma breve subtrama envolvendo especulação com Sr. Siriguejo, e algo sobre um concerto, transformando um musical que poderia ser apenas infantil, ridículo e totalmente bobo, em algo surpreendentemente sociopolítico. O musical ainda satiriza eventos recentes como a pandemia e as alterações climáticas. Outras questões abordadas incluem o preconceito e a xenofobia (Sandy é culpada pelo desastre natural iminente, só por não ser uma habitante do fundo do mar), além de explorar a indiferença das pessoas (ou a negação total) às crises, por exemplo. De fato, no final do musical, Bob Esponja critica os cidadãos da Fenda do Biquíni por suas reações irracionais à destruição que está prestes a acontecer. Os personagens se enquadram em uma das várias categorias: eles procuram alguém para culpar, seguir, explorar ou controlar. A mensagem “mais fortes juntos” é um pouco cafona, mas é verdadeira – e, dado o público-alvo (crianças, embora alguns de nós, adultos empolgados, tenhamos esquecido disso!), é um ensinamento importante.

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 Bikini Bottom's characters:
Analu Pimenta as Sandy Cheeks, Naice as Mr. Krabs,
Mateus Ribeiro as SpongeBob SquarePants
and Davi Sá as Patrick Star
 photo by Léo Aversa/Divulgação

Ao invés de uma partitura tradicional, o musical é radical neste quesito. Traz vários gêneros como gospel, country, rock e pop, sendo cada música escrita por um compositor diferente, a maioria deles artistas de super sucesso, desde Sara Bareilles ao dissolvido Panic!At the Disco, de Cyndi Lauper e Rob Hyman a David Bowie e os integrantes do Aerosmith. Todas as músicas têm um sabor único, mas também se complementam; é como se todos tivessem sido escritos pela mesma pessoa, com ótimas e bem-humoradas versões para o Brasil por Anna Toledo. As soluções que ela encontrou para os trocadilhos referindo-se ao mundo submarino são impagáveis.

A direção de Gustavo Barchilon, as coreografias de Alonso Barros, juntamente com a produção de Renata Borges Pimenta são a alma e a energia que tornam o show muito bom e de grande inteligência visual. Barchilon concebeu uma direção inventiva, vencendo o difícil desafio de dar vida aos personagens da animação de forma verossímil sem cair na caricatura, tornando-os de de fácil identificação pelo público. As coreografias divertidas e lúdicas de Alonso Barros enchem os olhos, principalmente no número de abertura Um Dia no Fundo do Mar, de grande poder imagético. Acrecenta-se a isto os figurinos impecáveis de Fábio Namatame repleto de cores, texturas e estampas e os cenários encantadores de Natália Lana, ambos de uma engenhosidade impecável, com muita fosforecência e bolhas e recriando ao vivo a atmosfera do desenho animado, além de um visagismo a cargo de Feliciano San Roman, capaz de levar qualquer um para um mundo de fantasia. Sonoramente o show tem um achado ao colocar no palco NBEATZ, um foley artist, criando sons, ruídos e barulhinhos onomatopeicos dos mais diversos e divertidos.

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Tauã Delmiro as Sheldon J. Plankton
photo by Léo Aversa/Divulgação

Naturalmente engraçado e com grandes habilidades cômicas Mateus Ribeiro protagoniza o herói do musical. A dificuldade de dar vida a um personagem icônico e que já faz parte da cultura pop recente parece não existir para Ribeiro que interpreta esta esponja áurea com otimismo, inocência, energia e hiperatividade de forma que após um minuto de sua entrada em cena esquecemos que há um ser humano por trás daquele papel. Quem se não ele, um dos atores mais versáteis e consagrados do teatro musical brasileiro para fazer este trabalho? Uma grata surpresa é o ator Davi Sá, que praticamente estreando nos palcos interpreta Patrick Estrela. Uma simpatia em cena, ele dosa com perfeição a inocência e fofurice do personagem com súbitos acessos infantis de raiva ou frustração ganhando o público. Em um papel diferente de tudo que já vimos, Analu Pimenta mostra grande versatilidade como atriz ao compor Sandy Bochecha, a aliada mais confiável de Bob Esponja. Se tem alguém que adoro seguir nas redes sociais esta pessoa é o divertidíssimo Tauã Delmiro. Multitalentoso em várias áreas, e até então mais conhecido do público carioca, fico contente de pela primeira vez apreciar seu trabalho nos palcos paulistanos com um personagem de destaque. Ele está absolutamente fabuloso como Sheldon Plankton, o diminuto vilão do espetáculo, de forma nefasta e intrigante, mas com capacidade de encantar também. Um daqueles vilões que amamos odiar. Outro destaque vai para Ruben Gabira, veterano ator da histórica montagem brasileira de A Chorus Line (1983), aqui interpretando o rabugento, cínico, seco, pavio curto e pessimista, mas adorável Lula Molusco. Talvez caiba a ele um dos grandes momentos do show o jazzístico Não Sou Um Fracasso, de They Might Be Giants, um 11 o’clock number, termo teatral para uma grande canção de parar o show que geralmente ocorre no final do segundo ato, no qual um personagem chega a uma importante conclusão. Aqui juntamente com um coro de anêmonas do mar e usando quatro tentáculos ele dá um show de sapateado. Outra grata surpresa é a atriz Suzana Santana, a cetácea filha adolescente do Sr. Siriguejo que só quer ser compreendida pelo pai e cantar com o grupo pop Os Skates Elétricos. O seu número Papai Tem Sempre Razão, de conotações vocais gospel, é um arraso. No dia que assisti ela parou o show e foi aplaudidíssima em cena aberta várias vezes.

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Suzana Santana as Pearl Krabs in
A Fenda do Bikini Tremeu number (Bikini Bottom Boogie) 
photo by Léo Aversa/Divulgação

Enfim, o musical tem um elenco perfeito, onde os atores representam os personagens magicamente, mas também conseguindo dar sua própria interpretação. Completam o elenco Naice (Sr. Sirigueijo), Luísa Vianna (Karen, O Computador), Will Anderson (Patchy, O Pirata), Ana Luiza Ferreira (Senhora Puff / cover Pérola), Cristiana Pompeo (Prefeita), Diego Campagnolli (Perch Perkins), John Seabra (Larry, A Lagosta/ Ensemble), André Ximenes (Skates Elétricos/Ensemble), Thadeu Torres (Buster Bluetang/Skates Elétricos/Ensemble/Cover Plankton), Gabi Camisotti (Skates Elétricos/Ensemble/Cover Karen), Letícia Nascimento (Sardinha/Ensemble), Tecca Maria (Swing), Léo Rommano (Velho Jenkins/Cover Patrick), Lucas Bocalon (Ensemble/Cover Bob Esponja), Pamella Machado (Ensemble/Cover Sandy e Prefeita), Rhuan Santos (Ensemble/Cover Lula Molusco), Vicenthe Oliveira (Ensemble) e Eddy Norole (Ensemble).

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Creator and creatures: director Gustavo Barchilon
surrounded by Bikini Bottom characters
photo by Léo Aversa/Divulgação

Os criativos devem ser aplaudidos por abordar algumas questões realmente sérias de uma forma leve, mas não redutora. Eles também fizeram um trabalho maravilhoso ao criar algo que agrada adultos e crianças. Quando assisti, na estreia VIP, havia muitas famílias lá, mas também grupos de amigos adultos - e todos estavam de pé no final, aplaudindo e dançando a icônica música tema da série de televisão. As crianças pareciam hipnotizadas.

Se você quer assistir algo novo e engraçado, este é o musical para você. O personagem Bob Esponja através dos anos foi cooptado para servir a várias agendas políticas e sua orientação sexual tem sido um tema de fascínio quase religioso. O libreto alegre e nonsense de Kyle Jarrow sugere, sem fazer pregação, questões de preconceito racial, ambientalismo e corrupção governamental. Com um visual que é um verdadeiro splish splash psicodélico e um elenco felliniano, no melhor sentido, é um show para toda a família, divertidíssimo e memorável.

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Mateus Ribeiro as SpongeBob and Davi Sá as Patrick Star
photo by Mare Martin

FICHA TÉCNICA:

Direção: Gustavo Barchilon
Direção musical: Laura Visconti
Versão brasileira: Anna Toledo
Assistente de direção: Lucas Pimenta
Figurinos: Fabio Namatame
Desenho de luz: Maneco Quinderé
Coreografia: Alonso Barros
Cenografia: Natália Lana
Visagismo: Feliciano Sanroman
Desenho de som: Gabriel D´angelo
Assistente design de luz: Russinho
Produtora de elenco: Giselle Lima
Direção de arte: Luiz Pimenta e Eduardo Juffer
Direção de produção: Roberta Juricic e Alex Felippe
Coordenação de produção: André Gress
Produção geral: Renata Borges

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photo by Léo Aversa/Divulgação


SERVIÇO:

BOB ESPONJA, O MUSICAL

Estreia: 27 de julho
Local: Teatro Sergio Cardoso - Rua Rui Barbosa, 153, São Paulo - São Paulo

Horários:
Quintas, às 20h30
Sextas e sábados, às 15h e às 20h30
Domingos às 16h.

Temporada de 27 de julho até 17 de setembro

Duração:  2h30min (com intervalo de 15min)
Classificação etária: LIVRE

Preços:
Sessões de sextas, às 15h
Plateia SC e Balcão SC
Inteira R$ 150,00
Meia-Entrada R$ 75,00

Demais sessões:
Plateia Vip
Inteira R$ 280,00
Meia-Entrada R$ 140,00

Plateia Central
Inteira R$ 210,00
Meia-Entrada R$ 105,00

Plateia Lateral
Inteira R$ 180,00
Meia-Entrada R$ 90,00

Balcão
Inteira R$ 150,00
Meia-Entrada R$ 75,00

Para todas as sessões e setores:
Ingresso Popular (Inteira) R$ 50,00
Ingresso Popular (Meia) R$ 25,00

Ponto de Venda, sem taxa de conveniência:
Bilheteria – Teatro Sérgio Cardoso
Rua Rui Barbosa, 153 – Bela Vista
Atendimento de terça a sábado das 14h às 19h e vendas para o espetáculo do dia, das 14h até o início do espetáculo.

Telefone para informações: 11 3288-0136
Compras pela internet*: www.sympla.com.br
*compra sujeita a cobrança de taxa de conveniência e taxa de entrega

Descontos:
Meia entrada:
Estudantes de Ensino Fundamental, Médio, Superior e Pós-graduação; No caso dos Estudantes, é necessária a apresentação do documento de identidade estudantil (carteira de estudante) com data de validade atual no ato da compra e na entrada do espetáculo. Não aceitamos certificado de matrícula do período em curso ou boleto de pagamento do mês vigente. (www.documentodoestudante.com.br)

Professores da Rede Estadual e Municipal; Maiores de 60 anos; Portadores de Necessidades Especiais. Venda direta, pessoal e intransferível, sendo necessária a apresentação de documento original, com foto, que comprove a condição no ato da compra e na entrada do espetáculo. No caso dos Professores da rede pública de ensino, é necessária a apresentação da carteira funcional emitida pela Secretaria de Educação ou outro documento com identificação que comprove esta condição no ato da compra e na entrada do espetáculo.

DESCONTOS PROMOCIONAL:
- Ingresso Popular: Aberto ao público geral para todas as datas até o final da temporada. Ingressos limitados.
- Bob Esponja (Desc. 30%): Promoção aberta ao público, disponível no site e na bilheteria do Teatro Sérgio Cardoso. Na compra de 4 ingressos com o valor cheio, ganhe 30% de desconto.
- Bob Esponja (Desc. 50%): Promoção destinada apenas para colaboradores da produção do evento.




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