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Review: Twilight of the Gods: SUNSET BOULEVARD Opens in Brazil

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By: Mar. 29, 2019
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Glamour, power and greed in the musical that made history on Broadway. This is Sunset Boulevard, a super production that premiered on March 22 at Teatro Santander, São Paulo, and marks the return to the stages of one of the most beloved Brazilian theater duo: Marisa Orth and Daniel Boaventura. They will be the protagonists of the seven Tony Awards winning musical, featuring songs by Andrew Lloyd Weber.

O Filme
Uma mulher de uma era esquecida reside num exílio auto imposto numa sombria mansão nas colinas. Ela ainda se move, embora aqueles que a conhecem insistam que ela está morta. Ela é obstinada, inteligente e artisticamente talentosa. Ela é alternadamente vaidosa e auto depreciativa; orgulhosa de sua força e capacidades, mas se envergonha por não conseguir controlar suas fraquezas: suas tendências destrutivas, sua recusa em aceitar quem não se submeta as suas ordens, e seu ciúme em relação às mulheres "normais". É este seu toque de melancolia e desgraçada solidão - ninguém está tão fora do lugar neste mundo - que a torna simpática, apesar de sua atitude e conduta egoístas serem muitas vezes cruéis. A única pessoa que a compreende é seu mordomo peculiar (feito por um ator/diretor) que presta serviços a ela sem ela ter que pedir, constantemente a lembrando de seu passado e eventualmente trazendo para ela "amantes"/"vítimas". Ela pede a ajuda de um homem cuja habilidade profissional singular, ela espera, a ajude entrar no mundo moderno, que ela sente ter evitado por muito tempo. Entretanto ele não pode ajuda-la porque o mundo moderno é tão hostil para ela quanto ela é uma alienígena para ele. Ela é muito mais velha que ele, mas se apaixona pelo rapaz e o quer morando com ela. Ele fica intrigado por sua estranheza, mas ama uma mulher de sua própria idade. Ela fica com ciúmes e tenta pôr um fim no relacionamento dele e da mulher mais jovem. Temendo que a moça sofra algum mal só pelo fato de conhecê-lo, ele concorda em fazer o que a mulher mais velha quer e vai morar em sua mansão permanentemente, mas isso é apenas um ardil da parte dele que não tem intenção alguma de permanecer com ela deixando-a possuí-lo. Quando ela percebe que foi iludida, a mulher mais velha tenta mata-lo...

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The final shot of the movie: Norma walks toward the newsman's
camera, imagining herself in front of DeMille's Camera again

photo by: Divulgação

A história que acabei de contar é naturalmente um esboço do esqueleto do filme Crepúsculo Dos Deuses (Sunset Boulevard), de Billy Wilder (1906-2002), um melodrama brilhantemente roteirizado sobre uma rainha do cinema mudo morando em Beverly Hills, que posta em ostracismo com o advento do cinema falado, lida com o crepúsculo de sua existência e tem por companhia somente o seu passado, tentando desesperadamente manter-se em evidência, até que um jovem gigolô transformado em roteirista, dá um paço em falso.

Este também pode ser o esqueleto de A Filha de Drácula (Dracula's Daughter, 1936), um filme de terror sobre uma vampira que habitava por séculos as colinas da Transilvânia e se apaixona por um jovem doutor inglês.

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Julio Assad (Joe Gillis), Marisa Orth (Norma Desmond)
and Daniel Boaventura (Max von Mayerling)
photo by Divulgação / Pedro Dimitrow

Mas é Crepúsculo dos Deuses que nos interessa aqui, onde Wilder faz um retrato cruel de Hollywood, desnudando os bastidores do cinema com uma perversidade poucas vezes vista. É claro que sem Gloria Swanson (1889-1993) no papel de Norma Desmond, ela mesma atriz do cinema mudo, não seria igual. Ela se deixa explorar por ele, mas também o explora, vampirizando a sua juventude, interpretado por William Holden (1918-1981). Ele sabe como se aproveitar da vulnerabilidade dela de forma sociopata, praticamente se prostituindo.

Norma diz frases antológicas e mordazes como "Nós não precisávamos de diálogo. Nós tínhamos rostos!", "Sem mim, não haveria nenhum estúdio da Paramount", "Grandes estrelas têm grande orgulho!", e "Eu SOU grande. São os FILMES que ficaram pequenos". O filme é do mesmo ano de A Malvada (All About Eve, 1950). Se um demole o mundo do cinema, este arrasa as coxias do teatro (e mais tarde também viraria um musical: Applause).

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Surrender/With One Look: Marisa Orth as Norma Desmond
photo by Marcos Mesquita/Divulgação

E é Joe Gillis (Holden), já morto pela femme fatale, que vai nos contar o acontecido. Narrando na primeira pessoa, nos relata os acontecimentos até seu fatídico fim. Estes elementos fazem parte da fórmula do film noir por excelência. O filme irrompe para o final, na cena em que Norma Desmond desce a suntuosa escadaria de seu palacete. O que importa se será presa ou vai ser internada? Na base da escadaria ela, num momento de loucura e alucinação, com jornalistas e repórteres ávidos por um escândalo, eles registram de forma metalinguística este que é um dos grandes momentos do cinema quando no último take do filme Norma caminha em direção à câmera do cinegrafista, se imaginando mais uma vez na frente do diretor DeMille, e profere uma das mais antológica de todas as frases do cinema: "Sr. De Mille, estou pronta para o meu close"!

Da Tela Para o Palco
Foi a própria Gloria Swanson, que em meados dos anos 1950, passou cinco anos trabalhando numa versão musical de Sunset Boulevard para os palcos, com o roteirista Richard Stapley e o compositor/letrista Dickson Hughs. Primeiramente eles o intitularam de Starring Norma Desmond e depois de Boulevard! Entretanto este empenho caducou em 1957 a pedido dos Estúdios da Paramount.

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A hymn to ambition: As if We Never Say Goodbay
photo by Marcos Mesquita/Divulgação

No começo dos anos 1960 Stephen Sondheim começou a trabalhar em uma adaptação juntamente com Burt Shevelove mas logo a ideia foi arquivada. Em 1973, após a estreia de A Little Night Music, o libretista Hugh Wheeler abordou Sondheim para escrever Sunset Boulevard para Angela Lansbury juntamente com o produtor e diretor Harold Prince que mantinha os direitos. Prince tinha originalmente planejado trabalhar neste projeto com Andrew Lloyd Webber que havia assistido ao filme em 1971 e tinha quase que imediatamente começado a trabalhar na canção título. Em 1976 após Harold Prince aproximar-se dele para transformar o filme num musical, Lloyd Webber respondeu rapidamente escrevendo um esboço para o momento em que Norma Desmond retorna aos Estúdios da Paramount.

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The Lady's Paying number
photo by Marcos Mesquita/Divulgação

Embora houvesse mais conversas com o escritor Christopher Hampton, estas não deram em nada e o projeto foi colocado em banho maria. Durante os anos que se seguiram, Sondheim foi abordado - e declinou - para colaborar no projeto, assim como fizeram a dupla de compositores Kander & Ebb.

Em 1991, trabalhando com a letrista novata Amy Powers (e mais tarde Don Black), Lloyd Webber compôs uma versão de Sunset Boulevard que foi realizada naquele ano no seu Sydmonton Festival.

O Sydmonton Festival é realizado em uma capela nos jardins da propriedade de campo de Andrew Lloyd Webber e é usado para encenar recitais em pequena escala para um público de familiares, amigos e conhecedores de teatro, para testarem novas ideias e conteúdo. No ano seguinte uma nova versão foi escrita com letras de Don Black e Christopher Hampton. Esta foi encenada primeiramente no festival de 1992, estrelando a consagrada atriz americana Patti LuPone. Em geral o show foi bem recebido e como era de se prever uma temporada no West End londrino se seguiu, estreando em julho de 1993, tendo Patti LuPone como Norma Desmond, no papel da ex-estrela do cinema mudo desesperada por um retorno.

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Girl Meets Boy: Lia Canineu as Betty Schaefer
and Julio Assad as Joe Gillis
photo by Marcos Mesquita/Divulgação

O musical foi montado na forma de um espetáculo grandioso, como é a marca dos trabalhos de Andrew Lloyd Webber desde seu início de carreira com J.C. Superstar e Evita.

A montagem original, foi para a Broadway, que tive a oportunidade de assistir, e se tornou complicada por apresentar problemas de elenco. Foram montados dois elencos, um para Londres com Patti LuPone, e outro para Los Angeles, tendo à frente Glenn Close. O plano era que Ms. LuPone viesse para a Broadway e Ms. Close continuasse em Los Angeles, enquanto um novo elenco se reuniria para a montagem londrina. Aconteceu que o sucesso de Glenn Close foi tão grande que Sir Webber preferiu trazê-la para Nova York. O contrato de Ms. LuPone estipulava que ela deveria também estrelar na produção da Broadway, quando estreasse por lá. As críticas britânicas foram positivas para a produção, mas não para Ms. LuPone. A produção de Los Angeles estreou em dezembro daquele ano com críticas elogiosas unanimes para Glenn Close. De acordo com o costume teatral britânico estabelecido de gerar uma grande dose de propaganda sobre o progresso de uma produção, havia mais o que fazer sobre se o contrato de Ms. LuPone seria honrado ou não. Patti LuPone teve o seu contrato quebrado sendo indenizada após mover processo contra Webber, recebendo U$25.000,oo por mês, durante oito meses, para ficar em casa. Faye Dunaway foi anunciada para Los Angeles, e Glenn Close para Nova York. Um pouco depois dos ensaios com Ms. Dunaway começarem, a Really Useful (a companhia produtora de Webber) decidiu que a coisa realmente mais útil a se fazer - em vez de ter Ms. Dunaway desempenhando o papel - seria vender os cenários de Los Angeles para a companhia de Toronto e ir para Nova York, sendo Ms. Dunaway sumariamente demitida por "não saber cantar", sendo que ela acabou acionando a produtora de Webber, pedindo uma indenização de apenas U$6 milhões.

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New Ways to Dream number
photo by Marcos Mesquita/Divulgação

John Napier, o cenógrafo que criou o pneu para Cats, a barricada para Les Misérables e o helicóptero para Miss Saygon estreou Sunset Boulevard com o cadáver de Joe flutuando no topo da piscina de Norma Desmond como se ele estivesse sendo visto a partir do fundo pelo público (e mais tarde introduzia a mansão de Norma que se elevava no ar para revelar uma festa em outro apartamento). Os cenários chegavam ao extremo de fazer o salão da casa de Norma Desmond ser mais exagerado do que no próprio filme, incluindo todo o kitsch dos anos 30 do cinema hollywoodiano. Outra excentricidade acontecia no final do Ato I, quando apareciam no palco três cenários superpostos!

Durante a temporada Glenn Close foi substituída por Betty Buckley, que havia substituído Patti LuPone em Londres.

Dos Palcos de Volta Para a Tela
Muito se falou de uma adaptação da versão musical de Sunset Boulevard para as telas. Em 2005 a Paramount Pictures e a Relevant Picture Company anunciaram que estariam desenvolvendo uma adaptação cinematográfica do musical. Em 2007 nomes como Glenn Close, Elaine Paige, Meryl Streep, Liza Minnelli e Barbra Streisand foram cogitados para o papel de Norma Desmond. Em 2011 Lloyd Webber sinalizou que gostaria de ter Madonna estrelando o filme, embora ela não estivesse atendendo as suas chamadas. Neste mesmo ano ele também declarou que estava ponderando filmar uma montagem teatral do show para cinema e DVD estrelando Glenn Close como Norma Desmond, mas viu que os custos inerentes à produção dificultariam a viabilidade do projeto. Em fevereiro deste ano foi anunciado que Rob Ashford teria assinado para dirigir o filme com Ms. Close recriando seu papel, e que as filmagens começariam em outubro de 2019.

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Marisa Orth as Norma Desmond
photo by Divulgação / Pedro Dimitrow

No Brasil
A versão nacional de Sunset Boulevard estreou em São Paulo, em 22 de março de 2019, no Teatro Santander, numa coprodução da IMM e da empresária e produtora Stephanie Mayorkis, da EGG Entretenimento. Como protagonista deste espetáculo que venceu 7 Tony Awards, temos Marisa Orth no desafio de viver Norma Desmond. Julio Assad, como Joe Gillis faz o roteirista sustentando Desmond em sua crença desorientada de que ela possa fazer um retorno ao cinema. Daniel Boaventura faz Max o mordomo e ex-marido de madame, e Lia Canineu é Betty Schaefer, a aspirante roteirista que se apaixona por Joe. Esta superprodução nacional conta ainda com 28 atores/cantores, além de uma orquestra de 16 músicos regida por Carlos Bauzys. A direção artística da montagem brasileira é de Fred Hanson e coreografia e direção de movimento de Kátia Barros. Os cenários ficaram a cargo de Matt Kinley, figurinos de Fause Hatten e design de luz e som por conta de Cory Pattak e Tocko Michelazzo, respectivamente.

Sunset Boulevard é o terceiro musical de Webber sobre os amores imperfeitos; os outros dois são Aspects of Love e O Fantasma da Ópera (atualmente em cartaz na cidade), formando uma espécie de trilogia de óperas-pop sobre o tema. Musicalmente o show é um descendente direto desses outros dois, e se a Sunset Boulevard falta o apelo gótico que fez de Phantom um grande sucesso, e a sofisticação sutil que fez de Aspects um relativo fracasso, oferece canções e árias belíssimas como With One Look, As We Never Say Goodbye e The Perfect Year que se tornaram sucessos populares na época, mesmo que tenha emprestado algumas melodias de Puccini e Rachmaninoff. A versão operística de Webber de forma nenhuma deturpa a obra-prima de Billy Wilder. O clímax, quando a estrela decadente atira em seu jovem amante que a deixava, e ele cai de bruços na piscina, tem toda a emoção exagerada das óperas. O mesmo se passa com a cena final de Norma Desmond, quando ela enlouquecida, anuncia a Cecil B. DeMille, visível apenas a ela mesma, que está pronta para seu último close, fazendo com que seu final ecoe tão trágico, como a cena de loucura da famosa ópera de G. Donizetti, Lucia di Lammermoor.


SUNSET BOULEVARD
Direção Musical - Carlos Bauzys
Coreografia e Direção de Movimento - Kátia Barros
Cenário - Matt Kinley
Figurino - Fause Haten
Design de Luz - Cory Pattak
Design de Som - Tocko Michelazzo
Design de Vídeo - Terry Scruby
Design de Peruca - Feliciano San Roman
Design de Maquiagem - Beto França
Versão Brasileira - Mariana Elisabetsky e Victor Mühlethaler
Produção Geral - Stephanie Mayorkis
Realização - IMM e Stephanie Mayorkis (EGG Entretenimento)

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Sunset Boulevard ensemble
photo by Marcos Mesquita/Divulgação

ELENCO:
Marisa Orth
como Norma Desmond
Daniel Boaventura como Max Von Mayerling
Julio Assad como Joe Gillis
Andrezza Massei como Norma Desmond (alternante)
Eduardo Amir como Max Von Mayerling (alternante)
Lia Canineu como Betty Schaefer
Bruno Sigrist como Artie Green
Sérgio Rufino como Cecil B. DeMille
Carlos Leça como Sheldrake e Max Von Mayerling (cover)
Arízio Magalhães como Manfred e Sheldrake (cover)
Abner Depret, Brenda Nadler, Dante Paccola, Ester Elias, Fábio Ventura, Giovana Zotti, Hellen de Castro, Jana Amorim, Juliana Olguin, Letícia Soares, Luana Zenun, Mau Alves, Nick Vila Maior, Rafael de Castro, Renato Bellini, Rodrigo Negrini, Thiago Lemmos e Vânia Canto.

SERVIÇO:
Temporada:
de 22 de março a 07 de julho de 2019
Local: Teatro Santander
Endereço: Complexo do Shopping JK Iguatemi - Av. Juscelino Kubitschek, 2041 - Itaim Bibi - SP
Datas e horários: quintas e sextas, às 21h; sábados, às 17h e 21h; e domingos, às 15h e 19h
Classificação etária: livre, menores de 12 anos acompanhados (A determinação da classificação etária poderá a qualquer momento ser alterada pelo Juiz de Direito da Vara da Infância e Juventude da Comarca de São Paulo - SP)
Capacidade: 959 lugares
Duração: 2h30min (com intervalo de 15 minutos)
Ingressos: a partir de R$37,50

PREÇOS VÁLIDOS PARA TODAS AS SESSÕES

SETOR

MEIA-ENTRADA

INTEIRA

FRISAS BALCÃO e BALCÃO B

R$ 37,50

R$ 75,00

BALCÃO A

R$ 80,00

R$ 160,00

FRISAS PLATEIA SUPERIOR

R$ 120,00

R$ 240,00

PLATEIA SUPERIOR

R$ 120,00

R$ 240,00

PLATEIA VIP

R$145,00

R$290,00

BILHETERIA OFICIAL - SEM COBRANÇA DE TAXA DE CONVENIÊNCIA
Teatro Santander (Complexo do Shopping JK Iguatemi - Av. Juscelino Kubitschek, 2041 - Itaim Bibi - SP) domingo a quinta: 12h às 20h ou até início do espetáculo. Sexta e sábado: 12h às 22h

VENDA PELA INTERNET - SUJEITO A COBRANÇA DE TAXA DE CONVENIÊNCIA
www.ingressorapido.com.br

VENDA A GRUPOS: grupos-entretenimento@immbr.com
Confira as redes de Sunset Boulevard - Musical:

www.instagram.com/sunsetboulevardmusical

www.facebook.com/sunsetboulevardmusical/



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