Cazuza - Pro Dia Nascer Feliz, musical that was already seen by 200 thousand spectators returns to São Paulo's stages in short season, from July 19 to August 25, from Friday to Sunday, at Teatro Porto Seguro. Libretto by Aloísio de Abreu with direction by João Fonseca.
"Não quero que me imitem. Não quero ninguém atrás de mim. Tenho muito medo de ser porta-voz de qualquer coisa". Nesta declaração de 1988, Cazuza já profetizava o inevitável. O talento instintivo e avassalador, o temperamento explosivo, a linguagem única e libertária, fizeram dele um ícone sem precedentes na cultura contemporânea produzida no Brasil. Muito mais do que isso: ainda que à revelia foi, mesmo sem pretender sê-lo, o grande cronista da juventude brasileira dos anos 80. Morto em 1990, aos 32 anos, no auge da carreira, foi alçado a precoce e definitivo mito no imaginário brasileiro.
O espetáculo reúne alguns dos maiores clássicos de Cazuza tanto em carreira solo quanto com a banda Barão Vermelho, como Pro Dia Nascer Feliz e Codinome Beija Flor. Também os hits Bete Balanço, Ideologia, O Tempo Não Para, Exagerado, Brasil, Preciso Dizer Que Te Amo e Faz Parte do Meu Show estão presentes no roteiro, que ainda reserva espaço para composições de Cazuza que ele nunca chegou a gravar, como Malandragem, Poema e Mais Feliz.
Para a construção do texto, Aloísio de Abreu partiu das conversas com pessoas próximas a Cazuza e fez uma ampla pesquisa para a criação da estrutura dramática do espetáculo. "Apesar de frequentar os mesmos lugares, eu não conhecia o Cazuza. Entretanto, sempre tive uma profunda identificação com a obra dele, que tem um quê de crônica da nossa época, revelando de forma rasgada comportamentos típicos dos jovens que todos éramos nos anos oitenta", explica Aloísio.
Como a vida do personagem foi curta e ao mesmo tempo muito intensa, o autor procurou contar a história de forma ágil, avançando sempre a partir dos momentos de virada na carreira e na vida dele: a descoberta do teatro, o gosto pelo rock, o momento em que resolve cantar, montar uma banda, se profissionalizar, o estouro, as brigas, a mudança no estilo de sua obra, o estrelato solo, a descoberta da doença, a urgência poética no fim das forças. Enfim, momentos que levam a história adiante. "As músicas se inserem quase como parte do texto. Estrutura de musical mesmo. Claro que tem momento show, mas a trajetória do Cazuza é contada através das letras e da poesia dele. Tudo no texto 'faz parte do show'", complementa.
A montagem deu continuidade à pesquisa desenvolvida pelo diretor João Fonseca de uma cena musical brasileira mais despojada e teatral. "Este espetáculo é mais um passo do trabalho que comecei com 'Gota d'água' e que culminou no 'Tim Maia'. É uma nova possibilidade de desenvolver e aperfeiçoar uma linguagem muito autoral de musical iniciada há alguns anos". O diretor conta que os depoimentos de Lucinha Araújo foram fundamentais na estruturação cênica do espetáculo: "A partir das lembranças dela, vamos conhecendo a vida e a obra desse artista e, tal como sua obra, a peça alterna momentos exagerados e de puro rock'n'roll a momentos mais intimistas e delicados", finaliza.
Um amplo trabalho de pesquisa também foi essencial para a concepção musical do espetáculo. Os diretores musicais Daniel Rocha e Carlos Bauzys conceituaram a sonoridade em diferentes situações: Barão Vermelho não produzido; a gravação do primeiro disco; e depois do sucesso, já consolidados. A banda solo de Cazuza também é reproduzida com fidelidade. "Adaptar a obra dele tornando-a cênica e, ao mesmo tempo empolgante e reconhecível ao público, foi nosso maior desafio", define Daniel.
Ficha Técnica:
Texto de Aloísio de Abreu.
Direção Geral João Fonseca.
Elenco Osmar Silveira (Cazuza), Susana Ribeiro (Lucinha Araújo), Marcelo Várzea (João Araújo), Fabiano Medeiros, André Dias, Carolina Dezani, Carlos Leça, Igor Miranda, Dezo Mota, André Vieri, Fabiana Tolentino, Philipe Carneiro, Bruno Narchi, Oscar Fabião, Matheus Paiva e Pamella Machado.
Direção Musical Daniel Rocha.
Preparador Vocal Felipe Habib.
Coreografias Alex Neoral.
Cenário Nello Marrese.
Figurino Carol Lobato.
Visagismo Juliana Mendes.
Design de luz Daniela Sanches e Paulo Nenem.
Design de som Gabriel D´Angelo.
Realização Ministério da Cidadania e Secretaria Especial de Cultura.
Patrocínio Porto Seguro e UOL.
De 19 de julho a 25 de agosto
Sextas, às 21h; sábados, às 17h e 21h.Domingos, às 19h.
Sessões duplas (17h e 21h) nos dias 27/07, 03 e 10/08.
Nos demais sábados apenas a sessão das 21h.
Classificação: 14 anos.
Duração: 165 minutos (com 15 de intervalo).
Gênero: Musical.
Ingressos: R$ 150,00 plateia / R$ 90,00 frisas / 75,00 balcão.
TEATRO PORTO SEGURO
Al. Barão de Piracicaba, 740 - Campos Elíseos - São Paulo.
Telefone (11) 3226.7300.
Bilheteria: De terça a sábado, das 13h às 21h e domingos, das 12h às 19h.
Capacidade: 496 lugares.
Formas de pagamento: Cartão de crédito e débito (Visa, Mastercard, Elo e Diners).
Acessibilidade: 10 lugares para cadeirantes e 5 cadeiras para obesos.
Estacionamento no local: Estapar R$ 20,00 (self parking) - Clientes Porto Seguro têm 50% de desconto.
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