The program also brings Concerto for Violin, by the German composer, with Claudio Cruz as a soloist. The opera opens on November 5th. In all, there will be 8 recitals until the 14th.
In November, Theatro São Pedro, an institution of the Government of the State of São Paulo and of the Secretary of Culture and Creative Economy of the State, managed by the social organization Santa Marcelina Cultura, premieres the satirical ballet chanté The Seven Deadly Sins (Os Sete Pecados Capitals), the last collaboration between composer Kurt Weil (1900-1950) and playwright Bertolt Brecht (1898-1956).
With scenic direction by Alexandre Dal Farra, the production will be musically directed by Ira Levin, who will command the Theatro São Pedro Orchestra, scenography by Fernando Pessetti, lighting by Wagner Antônio and costumes by João Marcos de Almeida and Renato Paiutto.
The Seven Deadly Sins opens on November 5th. In all, there will be 8 recitals until the 14th. With audiovisual direction by Giuliano Saade, the show will be recorded and broadcast later on Theatro São Pedro's YouTube channel: youtube.com/TheatroSaoPedroTSP
No mês de novembro o Theatro São Pedro, instituição do Governo do Estado de São Paulo e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado, gerido pela organização social Santa Marcelina Cultura, estreia a ópera Os Sete Pecados Capitais, última colaboração entre o compositor Kurt Weil (1900-1950) e o dramaturgo Bertolt Brecht (1898-1956).
A história de Os Sete Pecados Capitais começa quando Kurt Weill foi contratado para compor Die sieben Todsünden por Edward James, um rico inglês que esteve em Paris durante o exílio de Weill, devido a perseguição aos judeus durante o nazismo, em dezembro de 1932. A esposa de James, Tilly Losch, era uma bailarina que James descreveu como tendo uma semelhança impressionante com a esposa de Weill, Lotte Lenya. Como James sabia que Weill escreveria para Lenya, ele incluiu um texto no contrato que encomendava o trabalho exigindo que sua esposa, Losch, dançasse em frente a sua sósia. Isso ditou o complicado enredo de dupla personalidade antes mesmo de Bertolt Brecht ser convidado a escrever o libreto.
Os Sete Pecados Capitais estreou no Théâtre des Champs-Élysées, em Paris, em 7 de junho de 1933. Foi produzido, dirigido e coreografado por George Balanchine com mise en scène de Caspar Neher. Os papéis principais foram interpretados por Lotte Lenya (Anna I) e Tilly Losch (Anna II). De acordo com Nils Grosch, "foi recebido com perplexidade pelo público francês (não apenas porque a obra foi cantada inteiramente em alemão). Os emigrados alemães que viviam em Paris, no entanto, estavam entusiasmados e consideraram-na 'uma grande noite'". A produção foi para Londres e estreou no Savoy Theatre sob o título Anna-Anna em 28 de junho do mesmo ano, em uma tradução improvisada de Lenya.
A obra foi revivida pela viúva de Weill, Lenya, na década de 1950, com a parte principal do canto transposta para uma quarta abaixo de seu nível de afinação original, a fim de permitir que ela desempenhasse seu papel original. Outra versão transposta uma oitava inteira foi usada por Marianne Faithfull em sua gravação de 1997. A versão original foi gravada por, entre outros, Anne Sofie Von Otter, Teresa Stratas e Anja Silja.
Os Sete Pecados Capitais conta a história de duas irmãs, Anna I e Anna II. Anna I, a cantora, é o principal papel vocal. Anna II, a dançarina, é ouvida raramente e o texto sugere a possibilidade de que as duas Annas sejam a mesma pessoa: "Para transmitir a ambivalência inerente ao 'pecador', Brecht divide a personalidade de Anna em Anna I, a cínica empresária com sentido prático e consciência, e Anna II, a beleza emocional, impulsiva, artística, o produto vendável com um coração demasiado humano".
"The Family", (representada por um quarteto masculino, em que o baixo representa a Mãe), desempenha o papel de coro grego. Eles se referem a Anna como uma filha solteira da família, fazendo uma alusão verbal à sua natureza dividida: "Será que nossa Anna se recomporá?" As irmãs partiram das margens do rio Mississipi, na Louisiana, para encontrar fortuna nas grandes cidades, com a intenção de enviar à família dinheiro suficiente para construir uma casinha no rio. Após o prólogo, no qual Anna I apresenta as irmãs e seus planos, cada uma das sete cenas é dedicada a um dos sete pecados capitais, cada um encontrado em uma cidade americana diferente:
Enquanto assegurava os meios para construir a casinha ao longo de sete anos, Anna II inveja aqueles que podem se envolver nos pecados que ela deve abjurar. O epílogo termina com uma nota sóbria, quando Anna II responde com resignação à irmã: "Sim, Anna".
O libreto é satírico. Quando Anna II tenta se comportar moralmente, ela é repreendida por seu alter ego e sua família por cometer um dos sete pecados. Por exemplo, Anna I objeta que Anna II é orgulhosa demais para atuar como dançarina de cabaré apenas para agradar sua clientela e precisa abandonar seu orgulho e satisfazer a luxúria de seus clientes. Quando Anna II fica com raiva da injustiça, Anna I a aconselha a exercer autocontrole. Ela também é aconselhada a ser fiel ao homem rico que a paga por amor e não dividir seus ganhos com o homem que ama. Anna II se rende repetidamente a Anna I com as palavras "É assim mesmo". No caso do último dos sete pecados, Anna I avisa Anna II para não ter inveja das pessoas que vivem como ela gostaria, "daqueles que passam o tempo à vontade e com conforto; os orgulhosos demais para serem comprados ; daqueles cuja ira é acesa pela injustiça; aqueles que agem de acordo com seus impulsos com alegria; amantes fiéis a seus entes queridos; e aqueles que pegam o que precisam sem se envergonhar".
Com direção cênica de Alexandre Dal Farra, e direção musical de Ira Levin, o Theatro São Pedro agora traz para o Brasil a primeira montagem de Os Sete Pecados Capitais, com cenografia de Fernando Pessetti, iluminação de Wagner Antônio e figurinos de João Marcos de Almeida e Renato Paiutto.
"As duas irmãs, aprendem a se reprimir, mas não para serem melhores pessoas, e sim, para poderem se vender melhor. É também uma ópera sobre empreendedorismo. Sobre essa espécie de estrutura de discurso moral que consiste em internalizar as dificuldades, como se o problema fôssemos sempre nós - e não a estrutura em que estamos inseridos", destaca Alexandre Dal Farra.
Concebida como sendo um balé cantado, Os Sete Pecados é a obra de Kurt Weill em que predominam os vários tipos de dança e os ritmos a eles associados. O ritmo desempenha um papel importante sublinhando a ação e os sentimentos dos protagonistas. Na primeira cena, Preguiça, o compositor faz uma paródia da música coral. Na segunda, Orgulho, evoca uma valsa; na terceira, Raiva é um exemplo de fox-trote, na sétima, Inveja é uma marcha que leva em direção ao Epílogo.
Antes da ópera será apresentado o Concerto para Violino, Op.12 que Kurt Weil compôs em 1924, que terá o maestro e violinista Cláudio Cruz como solista. "Tocarei pela primeira vez essa obra raramente programada. Apesar de ser uma obra complexa e ter inicialmente uma leitura difícil, o estudo está se transformando numa atividade absolutamente prazerosa. Tenho grande expectativa", afirma Cláudio Cruz.
O papel de Anna I fica a cargo da cantora Denise de Freitas e Anna II é interpretada pela atriz Gilda Nomacce. Completam o elenco Anderson Barbosa (mãe), Paulo Mandarino (pai), Daniel Umbelino e Rafael Siano (irmãos).
Com direção audiovisual de Giuliano Saade, o espetáculo será gravado e transmitido posteriormente pelo canal de YouTube do Theatro São Pedro: youtube.com/TheatroSaoPedroTSP
SERVIÇO
OS SETE PECADOS CAPITAIS
De Kurt Weill
Libreto de Bertolt Brecht
ORQUESTRA DO THEATRO SÃO PEDRO
Ira Levin, direção musical
Alexandre Dal Farra, direção cênica
Fernando Passetti, cenografia
Wagner Antônio, iluminação
Yghor Boy, direção de videoprojeção
João Marcos de Almeida e Renato Paiutto, figurino
Giuliano Saade, direção audiovisual
Elenco
Denise de Freitas, Anna I
Gilda Nomacce, Anna II
Anderson Barbosa, Mãe
Paulo Mandarino, Pai
Daniel Umbelino, Irmão
Rafael Siano, Irmão
Claudio Cruz, violino
ENSAIO GERAL ABERTO: 4 de novembro, quinta-feira, 19h
ENTRADA GRATUITA Os ingressos estarão disponíveis 2h antes do início do espetáculo pela plataforma https://theatrosaopedro.byinti.com
RÉCITAS:a??5, 6,7 10, 11, 12, 13 e 14 de novembro
Quarta a sábadoa??àsa??20h,a??domingoa??àsa??17h
LOCAL: Theatro São Pedro
ENDEREÇO: Rua Barra Funda, 161 - Barra Funda, São Paulo/SP
INGRESSOS:
Os ingressos custam R$ 80 e R$ 40 (meia) e devem ser adquiridos exclusivamente pelo site: https://theatrosaopedro.byinti.com/
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: 16 anos
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