News on your favorite shows, specials & more!

BWW Preview: DANIEL BOAVENTURA SINGS BROADWAY STANDARDS BY JEWISH COMPOSERS

By: Jun. 27, 2016
Get Access To Every Broadway Story

Unlock access to every one of the hundreds of articles published daily on BroadwayWorld by logging in with one click.




Existing user? Just click login.

Singer and actor Daniel Boaventura
(foto: divulgação)

In the year that the Congregação Israelita Paulista (CIP) celebrates 80 years of great history and dedication to the Jewish community and the Brazilian society, the actor and singer Daniel Boaventura was chosen to be the attraction of the commemorative concert for the benefit of social work of the institution .

The event, which takes place June 29 at the Teatro Sergio Cardoso, will be presented by Rubens Ewald Filho - also one of the directors and writers along with Claudio Erlichman - and will journey for more than 50 years of history of the great Broadway classics, highlighting the strong Jewish influence in the American Songbook, which contributed to the emergence of a new artistic genre, the musical theater. The show, named "Broadwish - From Shtetl to Broadway", created especially for this occasion, will bring a repertoire full of standards composed and written by renowned Jewish composers such as Irving Berlin, George & Ira Gershwin, Stephen Sondheim, Stephen Schwartz , Oscar Hammerstein II, Kander & Ebb and Burt Bacharach among others.

Este show visa mostrar a influência judaica na música popular norte americana através das canções compostas por aqueles filhos de imigrantes judeus.

Entre 1880 e 1924, dois milhões e meio de judeus atingiram um momento de ruptura. Fugindo da perseguição na Rússia e na Europa Oriental, eles pegaram suas famílias, empacotaram suas coisas e deram um beijo de adeus ao shtetl, e migraram de mala e cuia para os Estados Unidos.

Shtetl é a denominação iídiche para "cidadezinha". Chamavam-se "shtetl" as povoações ou bairros de cidades com uma população predominantemente judaica, principalmente na Europa oriental, como por exemplo na Polônia, Rússia ou Bielorrússia, antes da Segunda Guerra Mundial.

A América estava prestes a redefinir completamente a identidade judaica. Em troca a canção popular judaica conduziria a música americana do século 20 de forma vertiginosa e muito rápida!

Compositores e letristas judeus criaram o musical da Broadway. Juntamente com um punhado de outros talentos como George M. Cohan e Cole Porter, eles deram forma a um gênero americano de arte novo e quintessencial. E mesmo Porter, depois de três fracassos na Broadway, finalmente determinou a maneira infalível para o sucesso: "Eu vou escrever músicas judaicas".

Irving Berlin, George & Ira Gershwin, Jerome Kern, Lorenz Hart, Benny Goodman, Al Jolson, os Irmãos Marx, Sophie Tucker, Fanny Brice, Molly Picon, Eddie Cantor, Sholom Secunda, Gene Krupa, Harold Arlen, Artie Shaw, as Barry Sisters, Arthur Lawrents, Jerome Robbins, Leonard Bernstein, Stephen Sondheim, Kander & Ebb, Jerry Herman, Alan Jay Lerner, Barbra Streisand, Stephen Schwartz, Oscar Hammerstein II, Kurt Weill, Mel Brooks, Sheldon Harnick, Jery Bock, Jule Styne, Richard Rodgers, Cy Coleman, Florenz Ziegfeld, Abe Burrows, Joseph Papp, Marvin Hamlisch, Burt Bacharach...


Estes garotos do Lower East Side se tornariam pioneiros culturais. Ansiosos em agitar o seu passado "simplório", eles se libertariam do jugo da tradição, ao passo que tirariam proveito de sua herança musical iídiche. Eles mergulharam na miscigenação e no mix-cultural americano e absorveram as influências étnicas e os ritmos negros a torto e à direita.

O que emergiu foi a polinização cruzada de música judaica e música black - duas tradições nascidas do exílio e da saudade, ambas carregadas de energia e humor ilimitados, desafiando todas as regras, e abençoadas com uma liberdade tonal surpreendente. Juntas, elas floresceram em um léxico musical completamente novo, extremamente diversificado que realmente deu voz ao melting pot (caldeirão cultural) americano. É interessante o fato de que estes dois únicos gêneros de música genuinamente americanos - jazz e musicais da Broadway - foram criados por outsiders que lutaram com esforço para serem aceitos no mainstream da sociedade.

Considere somente algum dos musicais que artistas judeus nos deram como O Barco das Ilusões, My Fair Lady, Guys and Dolls, Annie Get Your Gun (Bonita e Valente), O Rei e Eu, A Noviça Rebelde, Hello, Doly!, Porgy and Bess, Cabaret, Funny Girl, Um Violinista no Telhado, Annie, West Side Story, Gypsy, Hairspray, Os Produtores, Wicked, A Chorus Line e tantos outros.

O musical da Broadway provou ser este território fértil para artistas judeus de todas as áreas explorando o papel único destas pessoas na criação do moderno musical americano. Eles podiam ser não observantes, agnósticos ou ateus, mas alguma coisa acerca da religião, cultura, atitude ou ponto de vista judaicos faziam parte de seu background familiar.

Este fenômeno ímpar onde, durante o período de mais de 50 anos em que se desenvolveu (1920-1970), as canções da Broadway foram tão populares que eram as músicas que os americanos levaram para a guerra, cantaram para suas crianças na hora de dormir, e assobiavam enquanto esperavam o ônibus; e hoje a sua grande maioria compreende o que agora é referido comumente como "The American Songbook". Um único exemplo disso seria Irving Berlin, que escreveu a canção natalina mais popular (White Crhistmas)... e a mais popular canção de páscoa (Easter Parade). Sua canção God Bless America se tornou tão popular que quase substituiu o Hino Nacional norte-americano, e outra There's No Business Like Show Business é o hino do mundo dos espetáculos.

Assim como Tevie teria dito em Um Violinista no Telhado "Você pode perguntar como esta tradição começou e porque". É uma boa questão, com muitas respostas.

Não há uma simples explicação por que compositores judeus criaram uma forma de arte única com o teatro musical americano. Na tradição judaica, enigmas e dilemas complexos são sempre analisados por argumentos. Esta abordagem argumentativa aborda a questão de todos os ângulos, considerando-se todas as teorias possíveis antes que qualquer uma de nossas conclusões seja alcançada. Uma velha piada diz que se você colocar três judeus em uma sala, você terá quatro opiniões.

Transformando um olhar fresco, acadêmico e erudito em atitudes culturais e estilos musicais que proliferaram durante todo este período extraordinariamente rico, da sua jornada coletiva de coros de sinagoga para hotspots do Harlem; do teatro iídiche aos musicais; do klezmer ao ragtime; do jazz sinfônico ao swing - por todo o caminho desde o Bowery daí para o Tin Pan Alley, depois a Broadway e chegando em Hollywood - aqui temos uma odisseia efervescente de uma metamorfose musical nascida numa Rússia sombria, só para brilhar nas luzes da Broadway.

SERVIÇO:
Local: Teatro Sérgio Cardoso
Rua Rui Barbosa, 153 - Bela Vista - São Paulo - SP, 01326-010
Data: 29 de Junho às 21h.
Valores: R$ 50,00 a R$ 250,00 (sem meia-entrada)
Canal de venda: Telefone: 2808-6258 ou via E-Mail: 80anos@cip.org.br
Forma de pagamento: Depósito bancário ou cartão de crédito.



Comments

To post a comment, you must register and login.






Videos