By Claudio Erlichman. The production runs from June 12th through August 1st, at Teatro FAAP.
In a run-down house in North Philadelphia live two orphan brothers: the reclusive, sensitive Philip, sealed off in a world of canned tuna and Errol Flynn movies, and Treat, a violent pickpocket and thief. Into this ferocious and funny realm enters Harold, a mysterious, wealthy, middle-aged man who is kidnapped by Treat, but who soon turns the tables on the two brothers, changing forever the delicate power balance of their relationship. Both hilarious and heartbreaking, Orphans is a story of the universal love of a father for his son, and a son’s need to live his own life.
Orphans is an international theatrical phenomenon and has been produced in almost every country in the world, gaving American screenwriter and actor Lyle Kessler prominence as a playwright and earned him comparisons to Tennessee Williams by specialized critics. It premiered in 1983 at the Matrix Theatre in Los Angeles. And now after seasons of public and critical success in Rio de Janeiro, the paly arrives in São Paulo for a season at Teatro Faap, from June 12th to August 1st. Sessions are always on Wednesdays and Thursdays, at 8pm.
Directed by Fernando Philbert, the Brazilian version of Orphans was created and artistically coordinated by actor and producer Lucas Drummond, who is on stage alongside Ernani Moraes and Rafael Queiroz.
Protagonizada por Lucas Drummond, Ernani Moraes e Rafael Queiroz e dirigida por Fernando Philbert, espetáculo conta a história de dois irmãos órfãos que sequestram um misterioso homem de negócios e acabam encontrando a figura paterna com a qual sempre sonharam
Depois de temporadas de sucesso de público e crítica no Rio de Janeiro e de uma turnê por dez cidades do estado, espetáculo Órfãos chega a São Paulo para temporada no Teatro Faap, de 12 de junho a 1º de agosto. As sessões são sempre às quartas e quintas, às 20h.
Dirigida por Fernando Philbert, a versão brasileira de Órfãos, de Lyle Kessler, tem idealização e coordenação artística do ator e produtor Lucas Drummond, que está em cena ao lado de Ernani Moraes e Rafael Queiroz.
Com extensa carreira internacional, o texto de 1983 deu projeção ao roteirista e ator norte-americano Lyle Kessler como dramaturgo e lhe rendeu comparações a Tennessee Williams pela crítica especializada. A montagem brasileira recebeu 17 indicações a prêmios, sendo 3 ao Prêmio APTR, 2 ao CESGRANRIO e 12 ao CENYM. Venceu Ator Coadjuvante (Ernani Moraes) no Prêmio APTR e 3 categorias no Prêmio CENYM: Ator Coadjuvante (Rafael Queiroz), Direção de Arte e Qualidade Técnica de Produção.
Em cena, dois irmãos órfãos (Lucas Drummond e Rafael Queiroz) sequestram um misterioso homem de negócios (Ernani Moraes) para pedirem resgate e acabam encontrando a figura paterna que nunca tiveram e com a qual sempre sonharam. “Me apaixonei por essa peça desde que a li pela primeira vez, em 2018. É uma história linda sobre a luta do homem pela sobrevivência e, principalmente, sobre o afeto, que às vezes pode ser bruto, tóxico”, resume Lucas Drummond.
“Meu personagem (Phillip) é criado pelo irmão mais velho, Treat (Rafael Queiroz), que bate carteira na rua para sustentar nós dois. E por acreditar que tem uma alergia terrível à maioria das coisas, Phillip não sai de casa há anos. Então, toda a sua visão de mundo é baseada no que ele vê pela janela, pela TV e pelo que o irmão conta para ele. É um personagem extremamente sensível, poético e com uma imaginação incrível”, conta Drummond.
Órfãos é o terceiro projeto teatral de Lucas Drummond em parceria com o amigo de longa data Bruno Mariozz, diretor da Palavra Z, uma das produtoras à frente do espetáculo. Antes, os dois já haviam realizado o espetáculo adulto Tudo o que há Flora (2016-19), com direção de Daniel Herz, e o musical infantojuvenil O Pescador e a Estrela (2020-24), escrito por Drummond e Thiago Marinho, que também assina a direção do espetáculo.
Para a direção de Órfãos Lucas convidou Fernando Philbert, realizando um antigo desejo de trabalhar com o diretor. “Órfãos tem a natureza de uma fábula: dois meninos que vivem num lugar abandonado em uma grande cidade e, de repente, chega uma figura que vai ajudar, tentar dar um caminho e melhorar a vida dos dois, abrir horizontes. É o velho arquétipo do pai perdido, de alguém que surge para nos tirar de um lugar escuro”, analisa Philbert.
A temporada marca o retorno de Ernani Moraes para os palcos paulistanos depois de 15 anos. Aos 27 anos, o ator veio para São Paulo onde morou por 12 anos e integrou o grupo Tapa em montagens como A Megera Domada, A Mandrágora e Viúva Porém Honesta. No papel de Harold, o homem mais velho que transforma a vida dos dois jovens, Moraes destaca o desafio lançado pelo diretor para a composição de seu personagem: “Pela primeira vez em teatro, me deram um adjetivo para eu pesquisar, que é ‘elegante’. Normalmente, estou no universo dos ogros, dos malucos, dos torturadores, e o Phil está puxando isso de mim, que é fazer um personagem elegante, sem esforço, calmo, falando com a voz normal. Para quem me conhece como ator, sabe que eu transito muito no outro lado. Está sendo muito desafiador”.
Rafael Queiroz concorda: “Fernando tirou a gente da zona de segurança, onde a gente transita bem, tirou nossa base, desestruturou para reestruturar da maneira que ele quer e que sabe que vai ter o melhor resultado. É desafiador, mas ele é preciso, estica a corda até onde sabe que é possível”.
O cenário assinado por Natalia Lana reforça o abandono que caracteriza os irmãos órfãos, vivendo de forma precária em um apartamento decadente. Mesas, cadeiras e objetos variados evocam lembranças, reais ou não, especialmente em Phillip, que passa todo o tempo confinado. E são as janelas, que rodeiam todo o cenário, que fazem a ponte entre o mundo imaginário de Phillip e o mundo exterior.
A trilha original está a cargo do diretor musical Marcelo Alonso Neves: “Há duas linhas distintas que desenvolvo no espetáculo. Primeiro, quis buscar a memória de uma época, em cima de áudios históricos de programas de televisão, de filmes de cinema. Além disso, uma trilha incidental cria essas atmosferas, para permear momentos de tensão e emoção”, resume.
A figurinista Rocio Moure partiu de ícones representativos do momento em que os personagens estão inseridos na história, através de silhuetas e peças de roupa clássicas e bem definidas, inspiradas no cinema e na cultura da época: “Procurei marcar a diferença clara do encontro entre as gerações dos três personagens, levando toques de personalidade para cada um deles com objetos de indumentária que destacam a diferença nos detalhes”, adianta.
A trajetória internacional de Órfãos
Montada originalmente há quase 40 anos, Órfãos tem premiada trajetória nos EUA e em dezenas de países, entre eles França, Alemanha, Estônia, México, Japão e Turquia. Em 1985, foi dirigida pelo também ator Gary Sinise e, em 1986, a versão inglesa rendeu a Albert Finney o Olivier Award de Melhor Ator. A montagem norte-americana mais recente, produzida na Broadway, em 2013, foi estrelada por Alec Baldwin e indicada ao Tony Awards na categoria Melhor Peça. A história ganhou as telas de cinema em 1987, no longa dirigido por Alan J. Pakula e protagonizado por Albert Finney, Matthew Modine e Kevin Anderson.
Siga a peça no Instagram: @orfaosteatro
Ficha Técnica:
Idealização e coordenação artística: Lucas Drummond
Texto: Lyle Kessler
Tradução: Diego Teza
Direção: Fernando Philbert.
Elenco:
Ernani Moraes (Harold), Lucas Drummond (Phillip), Rafael Queiroz (Treat)
Figurino: Rocio Moure
Cenário: Natalia Lana
Iluminação: Vilmar Olos
Trilha Sonora: Marcelo Alonso Neves
Fotografia e Vídeo: Costa Blanca Films
Direção de produção: Bruno Mariozz
Direção de movimento: Toni Rodrigues
Coordenação de Produção: Angélica Lessa
Produção executiva: Nathalia Gouvêa
Assistente de direção: Luisa Vianna
Assistente de direção de movimento: Monique Ottati
Assistente de produção: Pedro Rivera
Assistente de comunicação: Rafael Prevot
Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli
Produção: Gaulia Teatro e Palavra Z Produções Culturais
Serviço:
ÓRFÃOS
Estreia dia 12 de junho, quarta-feira, às 20h no Teatro Faap.
Temporada: de 12 de junho a 1º de agosto - Quartas e quintas, às 20h.
Duração: 90 minutos.
Capacidade: 477 lugares.
Classificação indicativa: 14 anos.
Teatro FAAP - Rua Alagoas, 903 - Higienópolis, São Paulo/SP
Ingresso: R$ 80,00 (inteira) / R$ 40,00 (meia)
Site de compras: https://teatrofaap.showare.com.br/
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