by Claudio Erlichman. Based on Joao Cabral de Melo Neto's work and with compositions by Chico Buarque the production runs from April 16th through June 26th
The most popular work by João Cabral de Melo Neto returns to Teatro Tuca, from April 16th through June 26th where it premiered in 1965. The new production is directed by Elias Andreato and brings together, on stage, 13 young talents from various Brazilian cities, mainly in the Northeast, and five musicians, who will set the tone for Chico Buarque's the compositions, under the musical direction of Marco França.
Morte e Vida Severina (literally, Severine Life and Death, but translated by Elizabeth Bishop as The Death and Life of a Severino) is a play in verse by Brazilian author João Cabral de Melo Neto, one of his most famous and frequently read works. Published in 1955 and written between 1954 and 1955, the play is divided into 18 sections and written in heptasyllabic meter, recalling the popular cordel poetry of northeastern Brazil, where Melo Neto was born and lived for most of his life.
Morte e Vida Severina is subtitled Auto de Natal Pernambucano (Auto of Pernambucan Christmas), in a reference to both the biblical perspective of the word and in a broader sense of a new, hopeful beginning for life at its entirety. The play accounts for the journey of a retirante, someone who, fleeing from the droughts that annually ravage the northeastern region of Brazil, proceed either to the city or to fertile lands, often in a repetitive cycle of flight and devastation.
In 1965, Roberto Freire asked the then-young Chico Buarque to make the work into a musical play. It was released by Chico as his second album the following year.
A mais popular obra de João Cabral de Melo Neto retorna ao Teatro Tuca, local em que estreou, em 1965, a partir do próximo dia 16 de abril. A nova montagem recebe a direção de Elias Andreato e reúne, no palco, 13 jovens talentos de várias cidades do Brasil, principalmente do Nordeste, e cinco músicos, que darão tom às composições de Chico Buarque, sob a direção musical de Marco França.
A produção do espetáculo é da Morente Forte Produções Teatrais e envolve uma equipe renomada de criativos. O cenário tem a assinatura do artista que nos deixou recentemente, Elifas Andreato; os figurinos, de Fábio Namatame; desenhos de luz de Elias Andreato e Júnior Docini; desenho de som, de Marcelo Claret; e direção de movimento, Roberto Alencar.
A ideia de produzir Morte e Vida Severina partiu de um sonho da dramaturga e produtora Célia Forte que, aos 16 anos, assistiu a peça no extinto Teatro Markanti. E a realidade se fez. "Trazer à baila, nesse momento, a poesia de João Cabral de Melo Neto e as composições de Chico Buarque, num Brasil com tantos ´brasis´, é tão necessário e forte, tão necessário e poético, tão necessário e seco e tão necessário e vivo", acredita Célia Forte. Se esse espetáculo marcou a vida da dramaurga e produtora, a ponto dela ter certeza, ainda na adolescência, que "queria fazer isso da vida", o diretor do espetáculo, Elias Andreato, tem uma forte relação com o autor. "Fiz minha estreia no teatro amador com a peça O Rio, de autoria de João Cabral de Melo Neto. Essa montagem de Morte e Vida Severina reúne um elenco de jovens talentosos e uma equipe de ´fazedores de arte´ comprometida em criar um espetáculo emocionante em sua essência", conta Andreato.
A OBRA
Morte e Vida Severina é um auto de natal pernambucano, publicado em 1954/55, e que teve sua estreia nos palcos na inauguração do Tuca, em 1965. Na época, Roberto Freire era o diretor do teatro e partiu dele o convite para Chico Buarque musicar a obra de João Cabral de Melo Neto, o que acabou se transformando em um sucesso que atravessou fronteiras.
A peça faz um relato sobre a vida e trajetória árida do povo do sertão nordestino, ainda desconhecidas pela maioria. O sofrimento enfrentado por Severino, na montagem representado por Dudu Galvão, ator natural do Rio Grande do Norte, é um retrato - ainda atual - dos migrantes nordestinos que buscam uma existência mais digna nas grandes cidades. Em sua viagem rumo a uma vida melhor, Severino se depara com situações de morte, desespero, de miséria e fome. Ao chegar à capital pernambucana se desilude, pois, a realidade que encontra ali não é muito diferente da do sertão. Pensa em suicídio, mas o nascimento de uma criança faz renascer sua esperança, apesar das dificuldades. Assim, a saga nordestina se desenha, revelando a alma de um povo que caminha forte em sua fé.
Nesse poema, João Cabral de Melo Neto abusa da linguagem poética sem deixar de lado aspectos sociais e políticos. O texto marca, inclusive, o momento em que a arte é usada para manifestações políticas no país. Os versos são curtos, sonoros (geralmente com sete sílabas) e quase musicais, lembrando as poesias de cordel. A sonoridade, portanto, é um elemento importante da obra. "Imagine um restaurador diante da Monalisa. Me sinto assim mexendo com essa obra de João Cabral e Chico Buarque. Pôr as mãos no sagrado requer muito cuidado, respeito e escuta. Preciso deixar os poetas ecoarem livremente sem que eu os atrapalhe. Deságuo a cada dia e agradeço por esse privilégio", afirma o diretor musical, Marco França.
Para a produtora Selma Morente, a temática do texto é urgente e necessária. "Revisitar essa obra em um momento tão difícil e desafiador é dar voz aos tantos Severinos espalhados pelo país, que não fogem só da seca, mas do preconceito, da fome, da exclusão, da marginalização", acredita Morente. O diretor Elias Andreato concorda: "Nesse país tão plural, doloroso e esperançoso, somos todos Severinos em busca de poesia e dignidade". A nova montagem de Morte e Vida Severina emprega, direta e indiretamente, cerca de 150 profissionais.
Ficha Técnica
Da obra de JOÃO CABRAL DE MELO NETO
Músicas de CHICO BUARQUE
Direção Geral ELIAS ANDREATO
Direção Musical, Arranjos, Aboios e Lamentos (original) MARCO FRANÇA
Voz MARIA BETÂNIA
Poema Seca de DJAVAN
ELENCO
DUDU GALVÃO - Severino
ANDRÉA BASSITT - Cigana 2
BADU MORAIS - Mulher da Janela
BEATRIZ AMADO - Retirante e flauta
FERNANDO RUBRO - Retirante
GABRIELLA BRITTO - Retirante
IVAN VELLAME - Retirante
JANA FIGARELLA - Funeral
JOÃO PEDRO ATTUY - Coveiro 1
JONATHAN FARIA - Mestre Carpina
PABLO ÁSCOLI - Retirante
PATRICIA GASPPAR - Cigana 1
RAPHAEL MOTA - Coveiro 2
MÚSICOS
BEATRIZ FRANÇA - Contrabaixo acústico e baixo elétrico
BRUNO MENEGATTI - Rabeca e violão
DICINHO AREIAS - Sanfona
RAPHAEL COELHO - Percussão
RICARDO DUTRA - Viola e violão
Cenário ELIFAS ANDREATO
Figurino FABIO NAMATAME
Desenho de Luz ELIAS ANDREATO e JÚNIOR DOCINI
Desenho de Som MARCELO CLARET
Direção de Movimento ROBERTO ALENCAR
Assistente de Direção Geral JÚNIOR DOCINI
Assistente Direção Musical, Preparação Vocal, Pianista Ensaiador MARCELO FARIAS
Assistente de Cenário LAURA ANDREATO
Cenotécnico - FABIN CENOGRAFIA e EDÉSIO BISPO
Assistente de figurino - ANDRÉ VON SCHIMONSKY
Modelista - JULIANO LOPES
Costura - FERNANDO REINERT e MARIA JOSÉ DE CASTRO
Operador de Som THIAGO H. SCHAFFER
Microfonista GABRIEL VILAS
Operador de Luz JUNIOR DOCINI e RAFA INÁCIO
Contrarregragem/Camareiros FÁBIO OLLYVER e TONINHO PITA
Coordenação de Comunicação BETH GALLO
Assessoria de Imprensa - MORENTE FORTE - THAIS PERES
Programação Visual LAERTE KÉSSIMOS
Fotografia JOÃO CALDAS F°
Assistente de fotografia: ANDRÉIA MACHADO
Filmagem JADY FORTE
Redes Sociais e Textos ANA PAULA BARBULHO
Coordenação Administrativa DANI ANGELOTTI
Assistência Administrativa ALCENÍ BRAZ
Assistente de Produção NANA GENOVEZZI
Administradora da temporada MAGALI MORENTE LOPES
Produção Executiva MARTHA LOZANO
Produtoras SELMA MORENTE e CÉLIA FORTE
Serviço:
MORTE E VIDA SEVERINA
TUCA (670 lugares)
Rua Monte Alegre 1024, Perdizes, São Paulo
Sexta e sábado: 21h
Domingo: 19h
Ingressos:
Sexta-feira - R$ 80
Sábado e domingo - R$ 100
VENDAS: https://bileto.sympla.com.br/event/71954/d/129792/s/809556
Ou nas bilheterias do TUCA.
TEMPORADA ATÉ 26 DE JUNHO
Todas as últimas sextas-feiras haverá sessão de Libras.
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