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After 50 Years, Memorable and Important LGBTQIA+ play THE BOYS IN THE BAND – OS GAROTOS DA BANDA Opens a New Production in Brazil

By Claudio Erlichman. The production runs from October 31st through December 20th, at Teatro Procopio Ferreira.

By: Oct. 26, 2023
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After 50 Years, Memorable and Important LGBTQIA+ play THE BOYS IN THE BAND – OS GAROTOS DA BANDA Opens a New Production in Brazil  ImageWhen it opened Off Broadway in 1968, Matt Crowley's The Boys in the Band shocked mainstream audiences by openly showing the everyday lives of homosexuals and ran for 1,001 performances. The play was really provocative, impactful and controversial as it told us about a gay man's birthday party, in the West Village – NY, where a surprise guest, lots of drinks and a game make seven friends, also gays, settle scores with feelings they don't have, hidden sayings and truths. The production helped spark a revolution by putting gay life on stage, without apology and without judgment, in a world that was not yet willing to fully accept them.

From October 31st, at Teatro Procópio Ferreira we will have a new production, five decades after its opening in São Paulo. Directed by Ricardo Grasson and produced by ZR Produções, the cast stars Bruno Narchi, Caio Evangelista, Caio Paduan, Heber Gutierrez, Heitor Garcia, Júlio Oliveira, Leonardo Miggiorin, Mateus Ribeiro, Tiago Barbosa and Otávio Martins.

 

After 50 Years, Memorable and Important LGBTQIA+ play THE BOYS IN THE BAND – OS GAROTOS DA BANDA Opens a New Production in Brazil  Image
The boys in the play: Bruno Narchi, Tiago Barbosa, Caio Paduan,
Otávio Martins, Heber Gutierrez, Caio Evangelista,
Júlio Oliveira, Leonardo Miggiorin and Mateus Ribeiro.
photo by Rafael Cusato

Quando estreou na Off Broadway em 1968, Os Rapazes da Banda (The Boys in the Band), de Matt Crowley, chocou o público convencional por mostrar abertamente a vida cotidiana dos homossexuais e teve 1.001 apresentações. A peça era realmente provocativa, impactante e polêmica ao nos contar sobre uma festa de aniversário de um homem gay, no West Village – NY, onde um convidado surpresa, muita bebida e um jogo fazem com que sete amigos também gays acertem contas com sentimentos não ditos e verdades escondidas. A montagem ajudou a desencadear uma revolução ao colocar a vida gay nos palcos, sem desculpas e sem julgamento, em um mundo que ainda não estava disposto a aceitá-los totalmente.

O título da peça é uma referência ao filme Nasce uma Estrela (A Star is Born, 1954) estrelado por Judy Garland, um ícone para a comunidade gay dos Estados Unidos. No filme, James Mason diz que a personagem de Judy “está cantando para ela mesma e para os rapazes da banda”, uma gíria daquele tempo para se referir aos gays.

Alguns anos depois, no início dos anos 1970 seguiu-se a versão para as telas sob a direção de William Friedkin (Operação França, O Exorcista, Parceiros da Noite). Se na peça o foco era no amigo de universidade hétero que ostentava uma grande demonstração de ódio a si mesmo e aos homossexuais, agora o foco se concentra em Harold, o aniversariante. Inicialmente apresentado como um supercínico cáustico que poderia muito bem acabar sendo o vilão da peça, ele é finalmente revelado como o único “rapaz” confortável em sua própria pele. Seu maior desprezo é pelo armário que a sociedade construiu para seus amigos, e como são complacentes quanto a isso.

Claro que o sucesso da peça nos EUA também rendeu uma montagem brasileira (1970) premiadíssima, e que marcou época, e estrelava em seu elenco nomes como Benê Silva, Denis Carvalho, John Herbert, Otávio Augusto, Paulo César Pereio, Raul Cortez, Roberto Maya e Walmor Chagas, com tradução de Millôr Fernandes e direção de Maurice Vaneau (Eva Wilma na assistência e produção).

O remake de Os Rapazes da Banda estreou em 2020, na Netflix, com  direção de Joe Mantello (muito premiado na Broadway tanto na direção quanto na atuação), - que também foi responsável pela remontagem comemorativa do cinquentenário da peça, premiada com o Tony, na Broadway, apresentando um elenco repleto de estrelas, liderado por Jim Parsons e Zachary Quinto, repetindo os seus papeis, usando uma abordagem metafórica através do prisma do movimento de libertação gay do final dos anos 1960, que veio após a primeira montagem da peça, e da crise de AIDS que veio depois disso. O filme tinha como objetivo fazer com que os espectadores se perguntem: até onde podemos realmente ir?

A produção desta refilmagem ficou a cargo de Ryan Murphy (Hollywood, Feud, American Horror Story) como parte de seu acordo multimilionário com a Netflix, e realmente podemos sentir seu dedo no estilo retrô usado nos cenários e figurinos (incluindo lenços de pescoço e cardigãs de caxemira), o LP de Erma Franklin na vitrola... Sem dúvida uma experiência inebriante e evocativa, e o estilo over de Murphy que pode talhar quando em demasia, e que aqui está na medida certa e chega a ser comovente ao mexer com memórias afetivas.

Mantello “descancara” o filme com cenas onde vamos nos ambientando com os personagens e depois em flashbacks deslumbrantes onde os rapazes lembram-se de pontos essenciais da descoberta da sua própria sexualidade. Sua câmera é fluída ao capturar as brincadeiras mal-intencionadas, hilárias e, às vezes, ofensivas entre os convidados da festa com destaque à cena da entrada do “vilão” que é muito engraçada.

Me pergunto se hoje em dia a peça ainda traria grande impacto. Muita coisa que nos fins dos anos 1960 poderiam chocar e serem secretas, hoje é corriqueiro numa sitcom como Will & Grace. Sendo assim o que era um selinho em 1970, hoje temos um beijão bem longo entre dois homens, ou a nudez frontal masculina e cenas mais homoeróticas são banais na internet; e acredito que estas foram as atualizações feitas no roteiro. Isto também indica um avanço social do século passado para cá onde a homossexualidade tem uma maior aceitação e o preconceito, apesar de ainda existente, é menor.

Agora com o título de The Boys in the Band – Os Garotos da Banda poderemos conferir a partir do dia 31 de outubro, no Teatro Procópio Ferreira uma nova montagem, cinco décadas após a sua estreia em São Paulo. Com direção de Ricardo Grasson e produção da ZR Produções, o elenco é formado por Bruno Narchi, Caio Evangelista, Caio Paduan, Heber Gutierrez, Heitor Garcia, Júlio Oliveira, Leonardo Miggiorin, Mateus Ribeiro, Tiago Barbosa e Otávio Martins.

“A importância de montar o espetáculo hoje é assimilar e compreender o que conquistamos nesses últimos cinquenta anos. Conquistas dentro do movimento LGBTQIA+, do movimento negro, do movimento feminista, da geopolítica no mundo. É analisar no que avançamos e no que ficamos estagnados. Por este motivo resolvi recortar o espetáculo nos anos 1960 e não atualizá-lo”, explica Grasson.

Para Tony Kushner, dramaturgo responsável por Angels in America e indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Adaptado por Munique (Dir: Steven Spielberg, 2005), The Boys in the Band representa justamente o momento de ruptura para a humanização dos homossexuais. Em introdução para a edição impressa de 2018, Kushner explica que “há momentos em que os padrões se quebram, comportamentos mudam, e seus personagens conseguem articular um comprometimento para mudarem sua postura”. Segundo ele, a peça captura o que há de desconcertante, estranho e embaraçoso nesses momentos pré-explosão rumo à libertação.

Para o crítico teatral Peter Filichia, a produção original da peça ajudou a inspirar os protestos de Stonewall, em 1969, e desencadeou o movimento pelos direitos dos homossexuais. Não poderia ser diferente: no dia da Revolta de Stonewall, The Boys in the Band estava em cartaz num teatro próximo ao local do protesto. Ao fugir da repressão policial, os manifestantes se abrigaram no teatro que mostrava ao mundo as angústias e dilemas de ser um homem gay num contexto de opressão conservadora.

The Boys in the Band é considerada uma obra importante na história do teatro LGBTQIA+ e teve um impacto significativo na representação e discussão da comunidade gay.

 

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photo by Rafael Cusato

FICHA TÉCNICA

THE BOYS IN THE BAND – OS GAROTOS DA BANDA

Texto original: Mart Crowley
Direção: Ricardo Grasson
Versão brasileira: Caio Evangelista

Direção de Produção: Zuza Ribeiro
Assistência de direção: Heitor Garcia

Elenco: Bruno Narchi, Caio Evangelista, Caio Paduan, Heber Gutierrez, Júlio Oliveira, Leonardo Miggiorin, Mateus Ribeiro, Tiago Barbosa e Otávio Martins. Stand-ins Heitor Garcia, Gabriel Santana

Desenho de luz: Cesar Pivetti
Desenho de som:L.P. Daniel
Cenografia: Marco Lima
Figurino: Marcos Valadão
Visagismo: Louise Helene

Produção 
Produção Executiva:
Zuza Ribeiro, Claudia Odorissio, Jeana Kamil e Erica Cardoso
Assistentes de produção: David Calado, Luiz Ricci, Guilherme Zanela

Imprensa: Alisson Schafascheck, Danilo Saraiva, Giulianna Campos e Vicente Negrão
Marketing: Higor Gonçalves
Redes Sociais: Pedro Caldeira
Fotos: Rafael Cusato
Idealização: @theboysintheband_br


SERVIÇO

TEATRO PROCÓPIO FERREIRA
Rua Augusta, 2.823 – Cerqueira César - São Paulo
(11) 3083-4475

Ingressos: R$ 120 a R$ 60 | Terças e quartas-feiras às 21h
Onde comprar:

  • Bilheteria do Procópio Ferreira: terça-feira e quarta-feira das 14h às 19h; quinta-feira a domingo das 14h até o início do espetáculo; Abertura da casa: 1 hora antes de cada espetáculo.

624 lugares, incluindo 7 poltronas adaptadas para obesos e mais 12 lugares reservados

para cadeirantes.

  • Aceitamos todos os cartões de crédito
  • Não aceitamos pagamentos em cheque
  • Não fazemos reservas
  • O teatro possui ar-condicionado e acesso universal



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