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Review: HAIRSPRAY Revivals in São Paulo with a Beautiful Message of Acceptance

by Claudio Erlichman. Now on stage at Teatro Renault, the production stars Tiago Abravanel and Vânia Canto.

By: Oct. 15, 2024
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Review: HAIRSPRAY Revivals in São Paulo with a Beautiful Message of Acceptance  ImageIt’s 1962 in Baltimore, Maryland, and quirky, plus-sized, teenage Tracy Turnblad (Vânia Canto) has One Dream: to dance on "The Corny Collins Show". When she gets put in detention with the African-American students in the school, they teach her some of their dance moves, and her new found groove wins her a spot on Corny’s show. Overnight, Tracy transforms from a nobody into a star, and uses her newfound influence to advocate for racial integration on the television show. Tracy faces scrutiny and bullying from the network producer, Velma (Liane Maya), and her popular, but vicious, daughter, Amber (Verônica Goeldi). With the help of the teenage heartthrob Link (Rodrigo Garcia), host Corny Collins (Ivan Parente), Penny Pingleton (Pâmela Rossini), Seaweed J. Stubbs (Thales Cesar) and Motormouth Maybelle (Aline Cunha, the host of "Negro Day" on Corny's show), Tracy overcomes the odds and succeeds in her mission to integrate "The Corny Collins Show". On her way to stardom, Tracy will also have the support of her parents Wilbur Turnblad (Lindsay Paulino) and Edna Turnblad (Tiago Abravanel).

Tony Award-winning Hairspray continues to be one of the most widely produced musicals today, not only because of its wit and charm, but also because of the beautiful message of acceptance and progress that it portrays. The bright, energetic story of Tracy Turnblad teaches us all to look past the color of one’s skin and fight for every human being’s equal rights.

Now, after a short season in Rio de Janeiro with an audience of over 35 thousand people, the 1960s arrive in São Paulo with big names in the cast. The opening was on September 5th, at Teatro Renault.

The Brazilian audience will be able to enjoy the show's iconic songs such as ‘Good Morning Baltimore’, ‘I Know Where I've Been’ and ‘You Can't Stop the Beat’, with the Brazilian version by Victor Mühlethaler. The production was conceived by Abravanel together with Antônia Prado, Rafael Villar and Tinno Zani. Antônia, Tinno and Tiago also share the direction of the show. The musical direction is by Rafael Villar, partner of Motivo Produtora and of this musical, together with Zani.

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Good Morning Baltimore: Vânia Canto as Tracy Turnblad.
phoyo by Mare Martin.

Quem diria que um dia o diretor maldito de filmes independentes John Waters chegaria ao sucesso do grande público com Hairspray: E Éramos Todos Jovens (Hairspray, 1988)? Seus filmes anteriores, muitos com a temida classificação “X-rated” americana, tinham um certo prazer em ultrapassar as fronteiras do bom gosto. Quem conseguiu assistir até o fim Pink Flamingos (idem, 1972), por exemplo, com sua antológica cena escatológica, sabe do que eu estou falando. Tal filme tinha participação da extraordinária Divine (1945-1988), ícone da contracultura, uma drag queen performática vanguardista (a personagem Úrsula, do desenho animado A Pequena Sereia foi inspirada nela), que em Hairspray teve seu primeiro papel como protagonista, a mãe da rechonchuda Tracy, uma adolescente na Baltimore dos anos 1960, e sua improvável ascensão ao estrelato. Dez anos se passaram até que a produtora Margo Lion teve a feliz ideia de transformar Hairspray em um musical da Broadway, adquirindo os seus direitos. O compositor Marc Shaiman e seu letrista e parceiro de vida Scott Wittman foram contratados. Rob Marshall iniciou a direção do musical, mas depois entregou para Jack O’Brien, uma vez que teve que sair para dirigir o musical Chicago. Hairspray acabou estreando na Broadway em agosto de 2002, ficando em cartaz até janeiro de 2009, com grande sucesso. Harvey Fierstein como Edna Turnblad, a mãe de Tracy, que lava e passa para fora para ajudar nas contas, retornou à Broadway onde não pisava desde A Trilogia da Louca (Torch Song Trilogy, 1982), numa roupa recheada de enchimento, dando uma cativante performance. Hairspray ficou em cartaz por 2642 apresentações ganhando os Tonys de Melhor Musical, Libreto (Mark O'Donnell e Thomas Meehan), Score (Música: Marc Shaiman e Letras: Scott Wittman, Marc Shaiman), Ator (Harvey Fierstein), Atriz (Marissa Jaret Winokur), Ator coadjuvante (Dick Latessa), Figurinos e Direção (Jack O’Brien), num total de 13 indicações.

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Tiago Abravanel (as Edna Turnblad), Giovana Zotti (as Prudy Pingleton),
Vânia Canto (as Tracy Turnblad) and Pâmela Rossini (as Penny Pingleton).
phoyo by Mare Martin.

Em 2007, com o título nacional de Hairspray – Em Busca da Fama, estreou a versão musical do filme. Com direção do coreógrafo Adam Shankman (A Casa Caiu, Glee, Only Murders in the Building), é fidelíssimo ao filme de 1988 e, é claro, ao musical da Broadway, se tornando naquela época o 4º filme musical de maior bilheteria do cinema americano. Se no filme tivemos a naturalmente obesa Divine no papel de Edna, aqui temos no mesmo papel um John Travolta, numa roupa de 14 quilos de enchimento, e com uma maquiagem que levava 4 horas para ficar pronta. Ele parecia se divertir muito ao lado da novata e muito eficiente Nikki Blonsky (Tracy). O restante do elenco era de primeira, com Christopher Walken (como o pai de Tracy), além de Michele Pfeiffer, Amanda Bynes, Queen Latifah, Zac Efron e Jerry Stiller, que também estava no filme de 1988. Várias das canções do show foram modificadas para o filme e o diretor John Waters aparece em uma pequena ponta, durante a canção de abertura Good Morning Baltimore. Aliás, Ricki Lake, a Tracy do filme original, também faz uma ponta no final, junto com os compositores Shaiman e Witman, além do diretor. O resultado é um filme alegre, divertido e alto astral. Uma continuação foi prometida na época, mas nunca realizada.

Em julho de 2009, estreou no Teatro Oi Casa Grande, no Rio de Janeiro, a versão brasileira de Hairspray. Com direção dinâmica e versão razoável para o português de Miguel Falabella, trouxe um elenco global, estrelando Edson Celulari (Edna) e Jonatas Faro (Link), além da comediante Arlete Sales e a artista de novelas Danielle Winits. Mas quem roubava mesmo o show era a grande revelação na época Simone Gutierrez, ela sim, que apesar de ter passado dos 30, conseguia dar veracidade ao seu papel da adolescente Tracy. Jonatas Faro se revelava mostrando que não era apenas mais um menino bonitinho de Malhação, cantando e dançando muito bem. Em fevereiro, de 2010, o musical entrou em cartaz em São Paulo, no Teatro Bradesco Bourbon, repetindo o sucesso do Rio.

Quase quinze anos depois, após uma bem-sucedida temporada carioca, estreou na capital paulistana, em 05 de setembro, a remontagem de Hairspray, idealizada por Tiago Abravanel que juntamente com Tinno Zani e Toca Prado nos ofereceram uma competente direção a três.

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The Nicest Kids in TownCorny, Tracy, and Council Members.
phoyo by Mare Martin.

Ao meu ver o musical não deixa de ser um conto de fadas. Sim. Qual seria real probabilidade da corpulenta Tracy Turnblad (Vânia Canto) fazer um teste e ser aceita no The Corny Collins Show, o programa de dança mais descolado de Baltimore em 1962? O que também poderia parecer um exagero seria que Corny Collins (Ivan Parente, sempre ótimo nos dando elegância e humor como o apresentador com um olho no avanço social e outro no seu cabelo) se importava apenas com a forma como Tracy dançava e não com a aparência dela na TV. Mesmo que uma jovem com tanto excesso de peso conseguisse passar, quais seriam as probabilidades de que o sempre tão bonito e atraente Link Larkin (Rodrigo Garcia, muito bem fazendo o galã adolescente) se apaixonasse por ela? (Basta perguntar a Neil LaBute, autor de Gorda (Fat Pig), em que uma mulher charmosa perde o namorado porque ele fica envergonhado de ser visto com ela.) Mas Link gostava do "jeito de Tracy de colocar as coisas" e sentia que "conhecer você é o começo de uma grande aventura".

Enquanto isso, havia outro conto de fadas acontecendo na casa dos Turnblad. Uma dona de casa extremamente acima do peso manteria a luxúria de um marido magro ainda algumas décadas depois do casamento? Mas Edna Turnblad (Tiago Abravanel) certamente conseguiu, apesar do marido Wilbur (Lindsay Paulino) não conseguir abraçar o corpo dela. A boa sorte de Tracy e Edna não para no amor. Ambas ganham uma tonelada de roupas grátis, porque um comerciante de lojas plus size quer que elas endossem seus produtos. Certamente Tracy era digna de admiração: ela foi capaz de enfrentar seus inimigos, acreditar em si mesma e ficar surpresa quando rejeitada.

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Big, Blonde and Beautiful: Motormouth, Little Inez, Tracy, Edna,
Wilbur and Ensemble
phoyo by Mare Martin.

O mais admirável de tudo é que Tracy enfrenta o racismo. Ela não só luta por si mesma, mas também trava guerra com a produtora de programas de TV, a intolerante Velma Von Tussle (Liane Maya, sempre fascinante aqui numa composição de personagem que nos lembra um encontro de Phylis Diller e da marionete Madame, de Wayland Flowers) e qualquer outra pessoa que limitasse seu amigo negro Seaweed J. Stubbs (Thales Cesar, ótimo e nos passando sinceridade como um dançarino descolado e bondoso), sua mãe, Maybelle (Aline Cunha, numa atuação de entrega onde dá o atrevimento, obstinação e simpatia na medida) e qualquer outro afro-americano a somente um dia por mês no programa de Corny.

O posicionamento de Tracy contra o racismo a leva para a cadeia. Mas Link a tira de lá. No meio disso, surge uma maravilhosa trilha sonora do início dos anos 60, parecendo uma produção de Phil Spector (produtor dos anos 1960, pioneiro dos girl groups), onde cada detalhe o torna um documento auditivo desta irresistível comédia musical. Quando a ouvimos a gente percebe que embora inspirado no já citado filme de John Waters, Hairspray se parece mais como um Bye Bye Birdie falsamente ingênuo, propulsionado por músicas de um rock ‘n’ roll-pastiche, com ironia suficiente espreitando pelas bordas. O score de Shaiman e Wittman tem muita paixão, juntamente com um sincero apelo pela tolerância, debaixo de todo aquele jive. Quando Vânia Canto dá a partida com Bom Dia, Baltmore, ela está perfeita e nós já estamos em suas mãos. Depois disso o score se parece mais com um deleite que emprega todas as cores da paleta pop daquela era, indo do girl-group bubblegum (Mama, Não Sou Mais Bebe) ao gospel sentimentaloide (Eu Sei de Onde Eu Vim) que na apresentação em que compareci foi catártico. Como Edna Turnblad, Tiago Abravanel canta com verve, trazendo a casa abaixo com seu dueto Eterno Prá Mim com o indispensável e versátil Lindsay Paulino, que em sua estreia no mundo do teatro musical nos faz perguntar ‘por que demorou tanto’? A direção musical energética de Rafael Villar, com direção associada de Claudia Elizeu também merecem destaque, além da competente e espirituosa versão brasileira de Victor Mühlethaler. Músicas inesquecíveis que da maneira como elas são interpretadas revelam a profundidade emocional dos personagens.

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(You're) Timeless to Me: Tiago Abravanel as Edna
and Lindsay Paulino as Wilbur.
phoyo by Mare Martin.

Por fim, neste conto de fadas, o governador de Maryland gostou tanto de ver Tracy na TV que lhe concede um perdão. Tudo isso era tão improvável quanto a pequena órfã Annie conseguir que o homem mais rico do mundo a adotasse, no musical de mesmo nome. Mas se não é possível ter contos de fadas em comédias musicais, onde mais você poderia tê-los?

Num elenco irretocável, onde todos os atores estão perfeitos em seus papeis, também dão força no laquê Pâmela Rossini (que rouba a cena como Penny Pingleton, a devotada e animada melhor amiga de Tracy, um pouco nerd e muito destrambelhada), Verônica Goeldi (como Amber Von Tussle, a patricinha malcriada e egoísta), Emmy Oliveira, (interpretando a Pequena Inez, a talentosa irmã mais nova de Seaweed), Giovana Zotti, (uma força da natureza em qualquer um dos vários papeis que representa), Bernardo Berro (que além de cover de Edna, transforma seus dois pequenos papeis num acontecimento) e as três Diamantes interpretadas por Thais Ribeiro, Larissa Noel e Carol Roberto.  Não podemos deixar de citar o ensemble dos sonhos que conta com Carol Pita, Yasmin Calbo, Julia Sanchis, Eddy Norole, Manu Gioieli, Douglas Motta, Vitor Veiga, Teo Brito, Alvinho de Pádua, Pedro Navarro; além dos atores que têm o grande trabalho de atuarem como “swing” durante o espetáculo que são Claudia Rosa, Nicole Luz, André Luiz Odin e Tiago Dias, num total de 30 atores e 12 músicos na orquestra.

Hairspray em cartaz no Teatro Renault é uma explosão de energia e alegria! O musical, que aborda temas de aceitação e diversidade, encanta não apenas pelo seu enredo envolvente, mas também pelas performances vibrantes de um elenco irretocável. As coreografias de Tiago Dias são deslumbrantes, trazendo uma mistura contagiante de ritmos que fazem o público querer dançar junto.

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You Can't Stop the Beat: Tracy, Link, Penny, Seaweed, Edna, Wilbur,
Motormouth, Velma, Amber, and Company.
phoyo by Mare Martin.

A produção é visualmente impressionante. Os cenários do especialista Rogério Falcão, consegue transportar os espectadores para os anos 60, misturando cores da época e uma pegada de cartum juntamente com o estilo Space Age tão típico daquele momento influenciado pela conquista espacial e pela Guerra Fria. O design de luz de Wagner Antônio contribui para dar o clima. Este toque cartunesco também encontramos no visagismo de Feliciano Sanroman (nas perucas) e de Luciano Paradella (na maquiagem), que parece ter saído diretamente de um anúncio publicitário dos anos 60 ou de uma caricatura do grande Al Jaffee, da icônica e satírica Revista MAD. Os figurinos coloridos de Bruno Oliveira são alegres e vão numa transição de cores de uma paleta mais pastel para os personagens “brancos”, e uma mais “terrosa” para os personagens “pretos”, até uma explosão de cores no final, com muito brilho, em sintonia com o visagismo, contribuindo para o tom de humor do musical.

Além disso, a mensagem de inclusão e amor-próprio ressoa de forma poderosa, tornando o espetáculo não apenas divertido, mas também significativo. Hairspray é uma celebração da diversidade que deixa todos com um sorriso no rosto e uma sensação de esperança no coração.

Hairspray pode ser facilmente comparado a várias outras comédias musicais de temporadas passadas, da Broadway. Só que a seu modo deixa todas elas para trás. Talvez Hairspray não seja aquela experiência transcendental e nem vá mudar a sua vida, más é grande entretenimento. O libreto é divertido e inteligente, contando a história com grande eficiência, boas risadas, emoção de sobra e para toda a família. É um tributo feliz ao passado, e um daqueles musicais inteligentes, alegres e animado que sempre se deveria ter em cartaz. Sem dúvida você sairá de lá cantando, batendo palmas e dançando junto. Imperdível!

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The Dynamites: Larissa Noel, Nicole Luz and Carol Roberto.
phoyo by Mare Martin.

Ficha Técnica
Diretores e idealizadores | Antonia Prado, Tiago Abravanel e Tinno Zani
Diretor Musical e idealizador | Rafael Villar
Diretora Musical Associada | Claudia Elizeu
Direção de Casting | Danny Cury
Diretora Assistente | Thais Uessugui
Diretor Coreográfico | Tiago Dias
Versionista | Victor Muhlethaler
Cenógrafo | Rogério Falcão
Figurinos | Bruno Oliveira
Designer de Perucas | Feliciano Sanroman
Designer de Maquiagem | Luciano Paradella
Designer de Som | Paulo Altafim
Designer de Luz | Wagner Antônio
Stage Manager | João Sá
Diretora de Marketing | Roberta Alegretti
Diretora de Produção Executiva | Bia Izar
Diretora de Produção Administrativa | Ligia Abravanel

Programa completo | www.hairspraybrasil.com.br/programa

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Liane Maya irresistible as Velma Von Tussle. 
phoyo by Mare Martin.

SERVIÇO

MUSICAL HAIRSPRAY

Local: Teatro Renault | Av. Brigadeiro Luís Antônio, 411 – Bela Vista
Estreia: Dia 05 de setembro | quinta-feira
Temporada: de quinta a domingo

Horários: Quintas e Sextas | 20h
Sábados | 16h e 20h
Domingos | 15h e 20h

Preços:
Plateia Vip | R$175 (meia) e R$350 (inteira)
Plateia Premium | R$145 (meia) e R$290 (inteira)
Plateia Gold | R$130 (meia) e R$260 (inteira)
Plateia Silver | R$130 (meia) e R$260 (inteira)
Camarote Superior | R$175 (meia) R$350 (inteira)
Balcão Vip | R$19,80 (meia) e R$39,60 (inteira)
Balcão Premium | R$19,80 (meia) e R$39,60 (inteira)

Vendas:
Sem taxa de conveniência | Bilheteria do Teatro Renault
Horário de funcionamento: de terça a domingo, das 12h às 20h. Segundas e Feriados – Fechado.
Com taxa de conveniência | Pela internet: 
www.ticketsforfun.com.br
Retirada na bilheteria e E-ticket – taxas de conveniência e de entrega
Informações para grupos: 
grupos@t4f.com.br 
Capacidade: 1578 lugares




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