Criação Artística, Interpretação e Texto: Tânia Silva, a partir de contos de Mia Couto, de textos cosmogónicos das primeiras civilizações e da atualidade.
Não é a luz do sol que carecemos. Milenarmente a grande estrela iluminou a terra e, afinal, nós pouco aprendemos a ver. O mundo necessita ser visto sob outra luz: a luz do luar, essa claridade que cai com respeito e delicadeza. Só o luar revela o lado feminino dos seres. Só a lua revela intimidade da nossa morada terrestre. Necessitamos não do nascer do Sol. Carecemos do nascer da Terra."
Inspirada pelas palavras de Mia Couto, reflito sobre o início, a origem, o começo dos começos, a criação dos mitos, dos rituais, a comunhão com a natureza, os animais, a vida, os mistérios e desafios da vida. O Hoje, o Presente, o Momento. "Em abril sai o bicho do covil", diz o ditado popular. E o bicho saiu, está aí, está aqui. Invisível, mas deixa rasto. Este vírus é uma mensagem má, embrulhada em proteína que com o seu espigão catapulta-se para a célula, desliga-a e replica-se. Como está a nossa Consciência? No que é que escolhes focar-te? Números, estimativas, gráficos, epidemiologia matemática, pandemia, vacinas, testes, máscaras, fake news... Toda a gente espera que o mundo mude! Já mudou? Está em pausa, em suspenso? Quer parar? Vai retroceder? Se calhar não vai mudar... vamos ver!
Ficha artística e técnica:
Criação Artística, Interpretação e Texto: Tânia Silva, a partir de contos de Mia Couto, de textos cosmogónicos das primeiras civilizações e da atualidade
Vídeo e Imagem: Ana Brandão
Coprodução: A FERA Teatro, Município de Faro e TMF - Teatro das Figuras
Duração: 50 minutos
Classificação etária: maiores de 3 anos
Preços: a anunciar
Learn more at https://www.teatrodasfiguras.pt/pt/agenda/55504/em-abril-sai-o-bicho-do-covil.aspx.
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