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DIETRICH bio musical opens in Rio: Brazilian star Sylvia Bandeira is Dietrich on stage!

By: Sep. 27, 2010
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A biografia musical "Marlene Dietrich - as pernas do século", primeira montagem teatral brasileira sobre Marlene Dietrich, estreia dia 1º de outubro próximo no Solar de Botafogo. A peça conta com texto especialmente escrito pelo dramaturgo Aimar Labaki, e direção de William Pereira. No papel título está Sylvia Bandeira, ao lado de José Mauro Brant, Marciah Luna Cabral e Silvio Ferrari. O patrocínio é de Light / Lei de ICMS; B. Braun e Neoenergia / Lei Rouanet.

Atriz e cantora, Marlene Dietrich (1901-1992) foi uma das personalidades mais marcantes do século XX. No cinema, no teatro e na música, Dietrich se destacou por sua originalidade e perfeccionismo. Grandes compositores escreveram canções especialmente para ela. Foi um dos maiores símbolos sexuais do cinema - seu rosto, pernas e voz já fazem parte do imaginário de gerações. Por sua movimentada vida amorosa passaram Eric Maria Remarque, Jean Gabin, Yul Bryner, Ernest Hemingway, Burt Bacharach, Frank Sinatra, Cole Porter.

Desde o início de sua carreira, Dietrich esteve sempre no centro dos acontecimentos: na Berlim dos anos 20; em Hollywood, a partir dos anos 30; no front da II Guerra Mundial, quando cantou para os soldados; em Paris e Nova York nas décadas seguintes. Sua história mistura-se com a história do século XX.

O ESPETACULO

"Marlene Dietrich - as pernas do século" é uma obra sobre o amor e o tempo. Revisita a história de uma mulher que viveu uma vida de amor e liberdade - a vida de uma grande artista e símbolo sexual mas, principalmente, de uma mulher corajosa que nunca abriu mão do prazer.

No final da vida, já bem idosa, Marlene conhece um jovem que não faz a menor ideia de quem ela seja, e sequer ouviu falar do mito Marlene Dietrich. Já às vésperas de completar 90 anos, ela acaba seduzindo o rapaz de uma forma bem diferente de quando brilhava absoluta no cinema e nos palcos. Se hoje não conta mais com o frescor da juventude nem com as lendárias pernas, seu charme e inteligência estão mais vivos do que nunca, e somados a uma grande aliada: a memória. Ao narrar para o desavisado rapaz sua trajetória, a diva o envolve e o fascina por ter sido testemunha e personagem dos acontecimentos mais marcantes do século XX: desde o crescimento do nazismo na Alemanha dos anos 1920, passando pelo glamour de Hollywood dos anos 30 a 50, sua experiência no front da II Guerra, até os anos 70, pelos palcos do mundo - New York, Londres, Rio de Janeiro, Tókio.

A MONTAGEM

Trazendo em cena quatro atores/cantores e três músicos, "Marlene Dietrich - as pernas do século" se define como uma biografia musicada. No papel de Dietrich, Sylvia Bandeira desfila as memórias de Marlene e utiliza-se de canções interpretadas pela diva para ilustrar seu relato. São canções de Burt Bacharach, Cole Porter, Kurt Weill e George Gershwin, além das francesas "La Vie en Rose" e "Que Reste T-il de Nos Amours" e da emblemática "Lili Marlene".

José Mauro Brant é o jovem a quem Marlene seduz com sua vivência. Marciah Luna Cabral e Silvio Ferrari desdobram-se em vários personagens, dando vida às memorias da atriz - sua relação destemida com amores e família, os produtores e diretores de cinema e teatro, os números musicais dos filmes, peças e shows.

As grandes canções do repertório de Dietrich serão cantadas em inglês, alemão, francês, russo - mas também em português, em recriações de letristas e poetas brasileiros como Nelson Ascher e Aldir Blanc.

O ELENCO E A EQUIPE DE CRIAÇÃO:

Texto: Aimar Labaki
Direção e Cenografia: William Pereira

Elenco:
Sylvia Bandeira
Marciah Luna Cabral
José Mauro Brant
Silvio Ferrari

Direção Musical e Arranjos: Roberto Bahal
Figurino: Marcelo Marques
Visagismo: Beto Carramanhos
Iluminação: Paulo Cesar Medeiros
Preparação Vocal: Marciah Luna Cabral
Preparação Corporal: Marcia Rubin
Coreografia do Tango: Paulo Masoni
Fotos: Antônio Guerreiro
Programação Visual: Cacau Gondomar
Desenho de som: Branco

Músicos:
Piano - Roberto Bahal
Clarinete - Vinícius Carvalho
Violoncelo - Luciano Correa


Patrocínio: Light / Lei de ICMS; B. Braun e Neoenergia / Lei Rouanet
Direção de Produção: Lúdico Produções Artísticas - Ana Velloso, Vera Novello e Bia Gondomar
Produtores Associados: Minouskine Produções Artísticas e Lúdico Produções Artísticas
Assessoria de Imprensa: JS Pontes Comunicação - João Pontes e Stella Stephany


QUEM FOI MARLENE?

Em dezembro de 1901, nasce em Berlim Marie-Magdalene. Filha de um militar morto no front de batalha, a pequena Marlene tem uma infância difícil, em meio a uma Alemanha totalmente devastada pela guerra. Após o fim da I Guerra Mundial, a vida aparentemente volta ao normal e Marlene segue então para um internato em Weimar, a cidade de Goethe, que já conhecia e por quem se apaixona: "Li todos os seus livros, segui todos os seus ensinamentos". Nessa época, ela não se achava bonita e muito admirava sua professora de piano, que costumava dizer: "Quando a gente não é bonita, a vida não nos reserva uma cama cheia de pétalas de rosa. Mas quando se ama a música, quando alguém se dedica a ela com talento e perseverança, a vida torna-se bela, e a aparência não conta mais."

Alguns anos depois, Marlene vai para a escola de teatro Max Reinhardt e, em pouco tempo, começa a participar de vários espetáculos. Além de inúmeras peças, ela atua em 17 filmes. Em 1929, em "I Kiss your hand, Madame", ela já ensaia a personagem cínica, sexy e temperamental que a tornaria famosa. Atuando em "Duas gravatas", é vista pelo diretor Josef von Sternberg: "Muitas mulheres charmosas fizeram o teste para Lola. Então, uma noite, fui assistir a uma peça e notei no palco uma mulher cuja face prometia tudo. Era Marlene Dietrich...". Estourando no cinema pelas mãos de Von Sternberg em "Anjo Azul" Marlene parte para a América, para atuar nos grandes estúdios em Holywood.

Em 1932, a mando de Hitler, recebe várias propostas que a tornariam a maior estrela da Alemanha. Diante da sua recusa e insinuações, os nazistas a acusam de estar "infectada" pela propaganda americana. Revoltada com a situação em seu país natal, ela passa treze anos sem voltar a Berlim.

No final de 1943, a estrela deixa para sempre os estúdios e Hollywood, pois sofre com a II Grande Guerra. Como filha de um soldado, sentia necessidade de lutar por seus ideais. Com a patente de coronel, Marlene parte para o front para cantar para os soldados e trazer-lhes algum alento em meio aos horrores da guerra. Algumas vezes atuava sobre toscas plataformas de madeira instaladas nos campos, com apenas os faróis do jipe para iluminá-la, ou até mesmo debaixo da chuva, sob tendas de lona. Por vezes dormia em ruínas cheias de ratos e fazia shows em cima de caminhões. Marlene estava sempre uniformizada como um GI. Ela gostava de parecer apenas mais um soldado.

Com o fim da guerra em 1945, volta para Nova York e declara: "Sou apenas um GI de volta ao lar." Ainda neste mesmo ano, regressa enfim, à uma Berlim em ruínas para enterrar sua mãe. Com isso, rompe-se o último vínculo que a ligava a seu país.

Em 1953, num uniforme de diretor de circo, estala o chicote diante de leões num show beneficente na Madison Square Garden. A partir daí, inicia uma nova fase de sua carreira, onde enfim, é senhora de sua arte. Durante anos percorre várias cidades do mundo, inclusive o Rio de Janeiro, cantando músicas que se tornaram célebres na sua voz.

Em seu primeiro tour alemão, percebe que o nazismo ainda não está morto. Em algumas performances, ovos e tomates são arremessados ao palco, além de ameaças de bombas, mas nada faz com que ela mude de idéia. Ela amava a sua pátria.

Em seu último show, na Austrália, já debilitada devido a acidentes que arruinaram gradativamente o movimento de suas famosas pernas, ela tomba no palco e fratura o fêmur. Marlene não mais se recupera. Recolhe-se ao seu apartamento em Paris, onde permanece até o último dos seus dias, quarta-feira, 6 de maio de 1992: "Como é estranho" - escreveu Erik Hanut - "escolher um dia tão comum, tão pacífico, para morrer."

SYLVIA BANDEIRA - atriz e produtora

Numa cena do musical "Rádio Nacional", onde vivia uma sedutora desquitada, Sylvia narrava maravilhada para uma vizinha todo o esplendor do Copacabana Palace. "Eu me senti a Marlene Dietrich", confessava, cantando um trecho de "Lili Marlene". Foi assim que nasceu o sonho de levar à cena a vida da diva alemã, que está prestes a realizar com a estreia de "Marlene Dietrich - as pernas do século".

Em 2008 Sylvia Bandeira completou 30 anos de carreira. No teatro, atuou em "Brasil da Censura à Abertura", de Jô Soares, Manoel Costa e José Luiz Arcanjo - direção de Jô Soares; "Calúnia", de Lillian Helman - direção de Bibi Ferreira; "Vita & Virginia", de Eileen Atkins - direção de Italo Rossi; "Divinas Palavras", de Ramón del Valle Inclán - direção de Moacyr Góes; "O Doente Imaginário", de Molière - direção de Moacyr Góes; "Rádio Nacional" - direção de Fábio Pilar esupervisão de Bibi Ferreira, entre outras.

No cinema, Sylvia ganhou o Premio Kikito de Melhor Atriz Coadjuvante no Festival de Gramado pelo filme "Bar Esperança".

Na TV Globo atuou em novelas como: "Um Sonho a Mais"; "Roda de Fogo"; "Suave Veneno"; "Vila Madalena" e "Um Anjo Caiu do Céu". Na TV Record atuou nas novelas "A Escrava Isaura", "Prova de Amor", "Vidas Opostas" e "Amor e Intrigas".

Há 18 anos atuando no mercado de produção cultural, Sylvia Bandeira já produziu "Não Explica que Complica", com direção de Bibi Ferreira; "Se Eu Fosse Você", de Maria Adelaide Amaral e direção de Roberto Frota; "Vita & Virgínia", de Eileen Atkins e direção de Italo Rossi; "Intimidades", de Walcyr Carrasco e direção de Aloisio de Abreu; "Casamentos", de Alan Ayckbourn e direção de Jacqueline Laurence; "Intimidades II", texto e direção de Aloisio de Abreu; "O Karma Cor de Rosa", texto de Vicente Pereira e direção de Marcus Alvisi.

AIMAR LABAKI

Aimar Labaki é dramaturgo, diretor e tradutor. Autor de "Vermouth" (direção de Gianni Ratto), " Campo de Provas" (direção de Gilberto Gravonski) e "O Anjo do Pavilhão Cinco" (direção de Emílio de Biasi), entre muitas outras.

Dirigiu, traduziu e adaptou "A Graça da Vida", com Natália Thimberg, Graziella Moretto e Emílio Orciollo Netto e "Prego na Testa", de Eric Bogosian, com Hugo Possolo. Entre suas traduções encenadas estão "Copenhagen", de Michael Freyn; "Far Away", de Caryl Churchill; e "Ismênia", de Yannis Ritsos.

WILLIAM PEREIRA

William Pereira, diretor, cenógrafo e figurinista, é um dos fundadores do grupo Barca de Dionisos. Iniciou sua carreira profissional com a encenação, em conjunto com Cibele Forjaz, de "Leonce e Lena", de Georg Büchner.

No início dos anos 1990 dirigiu o sucesso "Uma Relação Tão Delicada", adaptação de Maria Adelaide Amaral sobre texto de Loleh Bellon, com Irene Ravache e Regina Braga. No mesmo ano, com a Barca de Dionisos, encenou o polêmico "O Burguês Fidalgo", adaptação do clássico de Molière. Sua inquietação formal seguiu em "Elsinore", realização de 1990 que tomou o Hamlet, de William Shakespeare, como guia.

Dirigiu ainda "Senhorita Julia", de August Strindberg; "Eu Sei Que Vou Te Amar", com Julia Lemmertz à frente do elenco; "A Chunga", de Mario Vargas Llosa, em Miami; e "A Cor de Rosa", de Flávio de Souza; "A Casa de Bernarda Alba", de Federico García Lorca; "A Fábula de um Cozinheiro", de Sam Shepard e Joseph Chaikin; "O Canto dos Cisne"s, de Jolanda Gentilezza; "Amor de Estrada", de Edla Van Steen; entre outras.

William atua também como diretor de ópera, tendo feito estágio em direção operística na English National Opera e Royal Opera House, Em Londres, entre 1983 e 1984. Encenou Pedro Malazartes, ópera de Camargo Guarnieri e Mário de Andrade; Madama Butterfly, de Puccini; e As Bodas de Fígaro, de Mozart.

SERVIÇO:

ESTREIA: dia 1º de outubro (6ª f), às 21h30
LOCAL: Centro Cultural Solar de Botafogo
- Rua General Polidoro, 180 - Botafogo / RJ (estacionamento em frente) tels: 21 2543 5411 e 2542 9458
HORÁRIOS: 5ª a sábado, às 21h30; domingo, às 20h05 DURAÇÃO: 100 minutos
INGRESSOS: 5ª e 6ª, R$40,00; sábado e domingo, R$50,00 (vendas tb pelo site ingresso.com)
CAPACIDADE: 180 espectadores CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: 14 anos
TEMPORADA: até 19 de dezembro

 



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